As reformas educacionais brasileiras: programas de ensino em Ciências e seriação escolar

• Autor(a) principal: Corrêa, Gilvane Gonçalves
• Data de Publicação: 1997
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/27077; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.1997.3
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Reformas educacionais brasileiras; Ensino de Ciências

O objetivo desta pesquisa foi analisar as principais reformas educacionais brasileiras, ocorridas entre 1549 e 1996, e suas contribuições, em nível mais amplo, para a regulamentação e suporte político-pedagógico da estruturação curricular seriada e, em nível mais restrito, para o Ensino de Ciências. Esse estudo encontra-se organizado da seguinte forma: O Ensino Seriado e as Instituições de Ensino; A Seriação Escolar Brasileira; Clube de Ciências - relato de uma experiência; Considerações finais. O primeiro capítulo, ‘O Ensino Seriado e as Instituições de Ensino’, trata da análise e evolução do contexto histórico do surgimento ao modelo de escola atual, dos critérios utilizados para promover a ordenação e, posteriormente, a própria seriação escolar. Destacamos, ainda, as características das relações e instituições de ensino, demonstrando que elas foram constituídas em bases hierarquizadas a partir da hierarquia social existente em cada época, demonstrando assim a indissociável relação que sempre existiu entre sociedade e escola e, por conseguinte, entre relações de ensino e hierarquia social. A condição social era determinante para o acesso a escola, o que não a tornava uma opção ou um objetivo. O status conferido a quem obtinha o conhecimento era justificado pela sua condição social. O segundo capítulo, ‘A Seriação Escolar Brasileira', aborda os momentos de consolidação e evolução do modo de ensino seriado através da regulamentação legal, como também apresenta um comentário sobre as proposições alternativas à seriação escolar posteriores à Lei 5692/71. Nesse capítulo deixamos claro que o modo de ensino seriado se consolidou, no Brasil, a partir da visão idealista de mundo, presente tanto no período jesuítico quanto nas demais reformas, culminando com a Benjamim Constant (1890), que teve todos os seus princípios fundamentados na vertente positivista. Essa vertente tem norteado grande parte de nossas políticas educacionais e a escola tem procurado ser fiel a suas bases, tanto na organização quanto na estruturação de seus conhecimentos. Trabalha com a Inadmissibilidade da Contradição, como se o que ocorresse no seu interior fosse a-histórico e desprovido de conflitos, como se as crianças e os professores e toda a comunidade não fossem fruto de relações e múltiplas determinações sociais e históricas. Didaticamente, subdividimos esse capítulo considerando as etapas cronológicas da instalação e consolidação do modo de ensino seriado. São elas: Tentativas educacionais: dos Jesuítas as Exames Preparatórios (1549 a 1889); A Reforma Benjamin Constant e o Ensino Seriado; Da Segunda República (1930 - 1937) à Lei 4024/61; Da Lei 5692/71 e propostas alternativas à seriação escolar em Minas Gerais à 9394/96. No terceiro capítulo, denominado ‘Clube de Ciências - relato de uma experiência’, narramos uma experiência vivida por nós como professora de Ciências e que vai ao encontro de uma possível perspectiva de flexibilidade de série. Nas Considerações Finais reunimos, em um único texto, as conclusões sobre nosso objeto de estudo, que ao longo da dissertação, foram tecidas detalhadamente em cada capítulo.