Fortification of industrialized foods with vitamins

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Liberato, Selma Coelho
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Pinheiro-Sant'Ana, Helena Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732006000200009
http://locus.ufv.br//handle/123456789/26418
Resumo: Vitaminas são nutrientes essenciais à vida. Hábitos alimentares inadequados, alto consumo energético e falhas no metabolismo levam a deficiências de micronutrientes, que afetam mais de dois bilhões de pessoas mundialmente. O consumo, cada vez maior, de alimentos industrializados, somado à baixa estabilidade das vitaminas, têm induzido à prática de adição de nutrientes aos alimentos processados. Esta revisão discute terminologia, disponibilidade, ingestão e risco de hipervitaminose devida ao consumo desses produtos, e a importância nutricional dos de alimentos fortificados com vitaminas. A adição de nutrientes deve ocorrer em alimentos que, efetivamente, participem da dieta da população alvo e deve obedecer às necessidades reais de segmentos significativos da população. No Brasil, se encontra, disponível em supermercados, um total de 166 produtos enriquecidos com vitaminas. Um estudo de coorte de 10 anos, desenvolvido na Alemanha, com crianças e adolescentes, comprovou que 90% dos pesquisados utilizaram, pelo menos, um alimento fortificado. Ao longo do período estudado, observou-se o consumo de 472 diferentes produtos fortificados. O enriquecimento de alimentos, entretanto, deveria basear-se nas necessidade de cada país, e, se possível, nas necessidades regionais, que variam de região a região. Na Dinamarca, por exemplo, durante o inverno, e principalmente nos idosos, a vitamina D necessita ser adicionada aos alimentos, para que aumente o seu consumo. No Brasil, diferentemente, não há evidências de necessidade de fortificação de alimentos com essa vitamina. Apesar disso, uma investigação mostrou que, de 76 produtos lácteos enriquecidos, 37 continham vitamina D. A fortificação de alimentos é uma estratégia importante para resolver problemas de deficiência nutricional, porém também pode ocasionar muitos danos à saúde.
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No Brasil, se encontra, disponível em supermercados, um total de 166 produtos enriquecidos com vitaminas. Um estudo de coorte de 10 anos, desenvolvido na Alemanha, com crianças e adolescentes, comprovou que 90% dos pesquisados utilizaram, pelo menos, um alimento fortificado. Ao longo do período estudado, observou-se o consumo de 472 diferentes produtos fortificados. O enriquecimento de alimentos, entretanto, deveria basear-se nas necessidade de cada país, e, se possível, nas necessidades regionais, que variam de região a região. Na Dinamarca, por exemplo, durante o inverno, e principalmente nos idosos, a vitamina D necessita ser adicionada aos alimentos, para que aumente o seu consumo. No Brasil, diferentemente, não há evidências de necessidade de fortificação de alimentos com essa vitamina. Apesar disso, uma investigação mostrou que, de 76 produtos lácteos enriquecidos, 37 continham vitamina D. A fortificação de alimentos é uma estratégia importante para resolver problemas de deficiência nutricional, porém também pode ocasionar muitos danos à saúde.Vitamins are essential to life. Inadequate eating habits, high caloric intake and metabolic defects lead to micronutrient deficiencies, affecting more than two billion people worldwide. The increasing intake of industrialized foods, combined with low vitamin stability has led to the common practice of adding these nutrients to processed foods. This review discusses the terminology, availability, intake and risk of hypervitaminosis, due to the intake and nutritional importance of foods fortified with vitamins. The addition of nutrients should occur in foods that are effectively consumed by the target population and must meet the real needs of a significant segment of the population. In Brazil, a total of 166 products available in supermarkets are vitamin-enriched. A 10-year study involving children and adolescents in Germany showed that 90% of those surveyed used at least one fortified food. During this 10-year period, 472 fortified products were consumed. The enrichment of foods should be based on the needs of each country and, if possible, regional needs. For instance, in order to increase its intake, Vitamin D is added to foods in Denmark during the winter, mainly for the elderly. However, in Brazil, there is no evidence of the need to fortify food with this vitamin. A survey showed that of the 76 enriched dairy products, 37 contained vitamin D. Food-fortification is a very important strategy to solve nutritional deficiency problems, but it can also cause many health problems.engRevista de Nutriçãov. 19, n. 2, p. 215- 231, mar.- abr. 2006FoodFortifiedFood habitsVitaminasAlimentos fortificadosHábitos alimentaresFortification of industrialized foods with vitaminsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf381878https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26418/1/artigo.pdf112678f8ecc254f5a4d3ab1d1441d1a9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26418/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/264182019-08-01 11:06:12.215oai:locus.ufv.br:123456789/26418Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-08-01T14:06:12LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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