Consumo de alimentos conforme o grau de processamento e sua associação com sarcopenia em longevos : análise post-hoc de estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Adriéle Pereira
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/256589
Resumo: Introdução: A população brasileira está em amplo processo de envelhecimento, o maior segmento populacional em crescimento nos últimos anos é o da população idosa, com faixa etária de idade igual ou superior a 80 anos, constituída por longevos. Nesse sentido, é relevante a análise das mudanças que ocorrem com o avançar da idade, dentre as quais podemos citar o aumento da massa adiposa e redução da massa muscular que pode ocasionar o desenvolvimento de sarcopenia e também, as alterações que refletem no comportamento alimentar. Na maioria dos países os padrões alimentares estão sofrendo mudanças, sendo uma das principais, a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados por produtos ultraprocessados e no Brasil, observa-se simultaneamente a mudança nos padrões alimentares com o aumento da ocorrência de doenças crônicas. Objetivo: Analisar o consumo de alimentos conforme o grau de processamento e possível associação com sarcopenia em idosos longevos. Metodologia: Estudo transversal, com indivíduos de idade igual ou superior a 80 anos em acompanhamento ambulatorial em hospital terciário do sul do Brasil entre março e outubro de 2018. Para a obtenção do consumo alimentar, utilizou-se o recordatório alimentar de 24 horas (R24h) e os alimentos foram classificados conforme o grau de processamento pela classificação NOVA de alimentos. A sarcopenia foi diagnosticada através dos critérios do European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP), que considera as variáveis de massa muscular, força muscular e performance muscular. Para aferição da massa muscular, foi utilizado o exame de biompedância elétrica e calculado o índice de massa muscular, para a aferição da força muscular foi utilizado o método de dinamometria de preensão manual e para avaliação de performance muscular foi utilizado a velocidade de marcha aferida em teste de 4 metros. Resultados: A população em estudo foi composta por 119 longevos, com predominância feminina (n=67; 56,3%), média de idade de 83,4 anos (±3,0) e a maioria com baixa escolaridade (n=52; 43,7%). Sobre a ingestão alimentar, os idosos com sarcopenia apresentaram um consumo calórico total de 1121 (1010 a 1326) menor quando comparados aos não sarcopênicos e uma ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados de 501 (292 a 533) menor quando comparados aos indivíduos sem sarcopenia. Em relação aos alimentos, os idosos com sarcopenia apresentaram menor consumo de carnes, raízes e tubérculos e pão caseiro. Conclusão: A baixa ingestão calórica e a baixa ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados está associada a uma maior prevalência de sarcopenia em idosos longevos.
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spelling Vieira, Adriéle PereiraMello, Renato Gorga Bandeira deAlmeida, Jussara Carnevale de2023-04-01T03:29:10Z2023http://hdl.handle.net/10183/256589001165263Introdução: A população brasileira está em amplo processo de envelhecimento, o maior segmento populacional em crescimento nos últimos anos é o da população idosa, com faixa etária de idade igual ou superior a 80 anos, constituída por longevos. Nesse sentido, é relevante a análise das mudanças que ocorrem com o avançar da idade, dentre as quais podemos citar o aumento da massa adiposa e redução da massa muscular que pode ocasionar o desenvolvimento de sarcopenia e também, as alterações que refletem no comportamento alimentar. Na maioria dos países os padrões alimentares estão sofrendo mudanças, sendo uma das principais, a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados por produtos ultraprocessados e no Brasil, observa-se simultaneamente a mudança nos padrões alimentares com o aumento da ocorrência de doenças crônicas. Objetivo: Analisar o consumo de alimentos conforme o grau de processamento e possível associação com sarcopenia em idosos longevos. Metodologia: Estudo transversal, com indivíduos de idade igual ou superior a 80 anos em acompanhamento ambulatorial em hospital terciário do sul do Brasil entre março e outubro de 2018. Para a obtenção do consumo alimentar, utilizou-se o recordatório alimentar de 24 horas (R24h) e os alimentos foram classificados conforme o grau de processamento pela classificação NOVA de alimentos. A sarcopenia foi diagnosticada através dos critérios do European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP), que considera as variáveis de massa muscular, força muscular e performance muscular. Para aferição da massa muscular, foi utilizado o exame de biompedância elétrica e calculado o índice de massa muscular, para a aferição da força muscular foi utilizado o método de dinamometria de preensão manual e para avaliação de performance muscular foi utilizado a velocidade de marcha aferida em teste de 4 metros. Resultados: A população em estudo foi composta por 119 longevos, com predominância feminina (n=67; 56,3%), média de idade de 83,4 anos (±3,0) e a maioria com baixa escolaridade (n=52; 43,7%). Sobre a ingestão alimentar, os idosos com sarcopenia apresentaram um consumo calórico total de 1121 (1010 a 1326) menor quando comparados aos não sarcopênicos e uma ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados de 501 (292 a 533) menor quando comparados aos indivíduos sem sarcopenia. Em relação aos alimentos, os idosos com sarcopenia apresentaram menor consumo de carnes, raízes e tubérculos e pão caseiro. Conclusão: A baixa ingestão calórica e a baixa ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados está associada a uma maior prevalência de sarcopenia em idosos longevos.Introduction: The Brazilian population is in a broad aging process, the largest population segment that has grown in recent years is the elderly population, with an age group equal to or greater than 80 years, consisting of the oldest old. In this sense, it is relevant to analyze the changes that occur with advancing age, among which we can mention the increase in adipose mass and reduction in muscle mass that can lead to the development of sarcopenia, as well as changes that reflect on eating behavior. In most countries, dietary patterns are undergoing changes, one of the main ones being the replacement of fresh or minimally processed foods by ultra-processed products, and in Brazil, a change in dietary patterns is simultaneously observed with the increase in the occurrence of chronic diseases. Objective: To analyze food consumption according to the degree of processing and possible association with sarcopenia in the oldest old. Methodology: Cross-sectional study, with individuals aged 80 years or over undergoing outpatient follow-up in a tertiary hospital in southern Brazil between March and October 2018. To obtain food consumption, a 24-hour food recall (R24h) was used. ) and foods were classified according to the degree of processing by the NOVA classification of foods. Sarcopenia was diagnosed using the criteria of the European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP), which considers the variables of muscle mass, muscle strength and muscle performance. To measure muscle mass, the electrical bioimpedance test was used and the muscle mass index was calculated, to measure muscle strength, the handgrip dynamometry method was used, and to assess muscle performance, gait speed measured in 4 meter test. Results: The study population consisted of 119 long-lived elderly, with female predominance (n=67; 56.3%), mean age of 83.4 years (±3.0) and most with low education (n=52 ; 43.7%). Regarding food intake, the elderly with sarcopenia had a total caloric intake of 1121 (1010 to 1326) lower when compared to non-sarcopenic individuals and an intake of in natura or minimally processed foods of 501 (292 to 533) lower when compared to the elderly individuals without sarcopenia. Regarding food, the elderly with sarcopenia had lower consumption of meat, roots and tubers and homemade bread. Conclusion: Low caloric intake and low intake of fresh or minimally processed foods is associated with a higher prevalence of sarcopenia in the oldest old.application/pdfporIdosoComportamento alimentarIngestão de alimentosAlimento processadoSarcopeniaVery oldFood processingSarcopeniaFood intakeConsumo de alimentos conforme o grau de processamento e sua associação com sarcopenia em longevos : análise post-hoc de estudo transversalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: EndocrinologiaPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001165263.pdf.txt001165263.pdf.txtExtracted Texttext/plain37562http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256589/2/001165263.pdf.txt216ee5a807adb79b63cd70dd7e32280cMD52ORIGINAL001165263.pdfTexto parcialapplication/pdf268086http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256589/1/001165263.pdfd40d38e305d9dfee8a779dd6c887d09cMD5110183/2565892023-08-04 03:32:02.029612oai:www.lume.ufrgs.br:10183/256589Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-04T06:32:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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