Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Karine Borges da
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Oliveira, Maria Inês Couto de, Boccolini, Cristiano Siqueira, Sally, Enilce de Oliveira Fonseca
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
por
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036
Resumo: OBJETIVO: Avaliar se a comercialização de fórmulas infantis, mamadeiras, bicos, chupetas e protetores de mamilo é realizada em cumprimento com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância e de Produtos de Puericultura Correlatos (NBCAL). A promoção comercial desses produtos é proibida pela Lei 11.265. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido em 2017 por meio de um censo de todas as farmácias, supermercados e lojas de departamento que comercializavam produtos abrangidos pela NBCAL na Zona Sul do Rio de Janeiro. Profissionais de saúde capacitados na NBCAL utilizaram formulário eletrônico estruturado para observação direta dos estabelecimentos e para entrevista com seus responsáveis. Foram criados seis indicadores de avaliação das práticas comerciais e realizadas análises descritivas. RESULTADOS: Foram avaliados 352 estabelecimentos comerciais: 240 farmácias, 88 supermercados e 24 lojas de departamento, dos quais 88% comercializavam produtos cuja promoção é proibida pela NBCAL. Foram encontradas promoções comerciais ilegais em 20,3% daqueles que comercializavam os produtos investigados: 52 farmácias (21,9%), quatro supermercados (7,5%) e sete lojas de departamento (33,3%). As estratégias de promoção comercial mais frequentes foram os descontos (13,2%) e as exposições especiais (9,3%). Os produtos com maior prevalência de infrações à NBCAL foram as fórmulas infantis (16,0%). Foram entrevistados 309 responsáveis por estabelecimentos comerciais, 50,8% relatando não conhecer a lei. Mais de três quartos dos responsáveis relataram receber visitas nos estabelecimentos de representantes comerciais de empresas fabricantes de fórmulas infantis. CONCLUSÃO: Mais de um quinto dos estabelecimentos comerciais faziam promoção comercial de fórmulas infantis para lactentes, mamadeiras e bicos, apesar de essa prática ser proibida no Brasil há trinta anos. É necessária a capacitação dos seus responsáveis. Os órgãos governamentais devem realizar fiscalização dos estabelecimentos comerciais para coibir estratégias de persuasão e indução à vendas desses produtos, garantindo às mães autonomia na decisão sobre a alimentação de seus filhos.
id USP-23_117f9858997b3a10fb659076ae17115e
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/166036
network_acronym_str USP-23
network_name_str Revista de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Illegal commercial promotion of products competing with breastfeedingPromoção comercial ilegal de produtos que competem com o aleitamento maternoBreast-Milk substitutesInfant FormulaPacifiersProducts CommerceDirect-to-Consumer AdvertisingSubstitutos do Leite HumanoFórmulas InfantisChupetasComercialização de ProdutosPublicidade Direta ao Consumidor, legislação & jurisprudênciaOBJETIVO: Avaliar se a comercialização de fórmulas infantis, mamadeiras, bicos, chupetas e protetores de mamilo é realizada em cumprimento com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância e de Produtos de Puericultura Correlatos (NBCAL). A promoção comercial desses produtos é proibida pela Lei 11.265. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido em 2017 por meio de um censo de todas as farmácias, supermercados e lojas de departamento que comercializavam produtos abrangidos pela NBCAL na Zona Sul do Rio de Janeiro. Profissionais de saúde capacitados na NBCAL utilizaram formulário eletrônico estruturado para observação direta dos estabelecimentos e para entrevista com seus responsáveis. Foram criados seis indicadores de avaliação das práticas comerciais e realizadas análises descritivas. RESULTADOS: Foram avaliados 352 estabelecimentos comerciais: 240 farmácias, 88 supermercados e 24 lojas de departamento, dos quais 88% comercializavam produtos cuja promoção é proibida pela NBCAL. Foram encontradas promoções comerciais ilegais em 20,3% daqueles que comercializavam os produtos investigados: 52 farmácias (21,9%), quatro supermercados (7,5%) e sete lojas de departamento (33,3%). As estratégias de promoção comercial mais frequentes foram os descontos (13,2%) e as exposições especiais (9,3%). Os produtos com maior prevalência de infrações à NBCAL foram as fórmulas infantis (16,0%). Foram entrevistados 309 responsáveis por estabelecimentos comerciais, 50,8% relatando não conhecer a lei. Mais de três quartos dos responsáveis relataram receber visitas nos estabelecimentos de representantes comerciais de empresas fabricantes de fórmulas infantis. CONCLUSÃO: Mais de um quinto dos estabelecimentos comerciais faziam promoção comercial de fórmulas infantis para lactentes, mamadeiras e bicos, apesar de essa prática ser proibida no Brasil há trinta anos. É necessária a capacitação dos seus responsáveis. Os órgãos governamentais devem realizar fiscalização dos estabelecimentos comerciais para coibir estratégias de persuasão e indução à vendas desses produtos, garantindo às mães autonomia na decisão sobre a alimentação de seus filhos.OBJECTIVE: To assess if the commercialization of infant formulas, baby bottles, bottle nipples, pacifiers and nipple protectors is performed in compliance with the Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância e de Produtos de Puericultura Correlatos (NBCAL – Brazilian Code of Marketing of Infant and Toddlers Food and Childcare-related products). The commercial promotion of these products is prohibited by the Law 11,265. METHOD: Cross-sectional study conducted in 2017 through a census of all pharmacies, supermarkets and department stores that sold products covered by NBCAL in the South Zone of Rio de Janeiro. Health professionals trained at NBCAL used structured electronic form for direct observation of establishments and for interviews with their managers. We created indicators to evaluate commercial practices and performed descriptive analyses. RESULTS: A total of 352 commercial establishments were evaluated: 240 pharmacies, 88 supermarkets and 24 department stores, of which 88% sold products whose promotion is prohibited by NBCAL. Illegal commercial promotions were found in 20.3% of the establishments that sold the products we investigated: 52 pharmacies (21.9%), four supermarkets (7.5%) and seven department stores (33.3%). The most frequent commercial promotion strategies were discounts (13.2%) and special exposures (9.3%). The products with the highest prevalence of infractions of NBCAL were infant formulas (16.0%). We interviewed 309 managers of commercial establishments; 50.8% reported unfamiliarity with the law. More than three-quarters of the managers reported having been visited at the establishments by commercial representatives of companies that produce infant formulas. CONCLUSION: More than a fifth of commercial establishments promoted infant formulas, baby bottles and nipples, although this practice has been banned in Brazil for thirty years. We think it is necessary to train those managers. Government agencies must monitor commercial establishments in order to inhibit strategies of persuasion and induction to sales of these products, ensuring mothers’ autonomy in the decision on the feeding of their children.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2020-01-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/16603610.11606/s1518-8787.2020054000854Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 10Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 10Revista de Saúde Pública; v. 54 (2020); 101518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036/158907https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036/158908https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036/158909Copyright (c) 2020 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Karine Borges daOliveira, Maria Inês Couto deBoccolini, Cristiano SiqueiraSally, Enilce de Oliveira Fonseca2020-02-03T02:11:44Zoai:revistas.usp.br:article/166036Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2020-02-03T02:11:44Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
Promoção comercial ilegal de produtos que competem com o aleitamento materno
title Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
spellingShingle Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
Silva, Karine Borges da
Breast-Milk substitutes
Infant Formula
Pacifiers
Products Commerce
Direct-to-Consumer Advertising
Substitutos do Leite Humano
Fórmulas Infantis
Chupetas
Comercialização de Produtos
Publicidade Direta ao Consumidor, legislação & jurisprudência
title_short Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
title_full Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
title_fullStr Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
title_full_unstemmed Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
title_sort Illegal commercial promotion of products competing with breastfeeding
author Silva, Karine Borges da
author_facet Silva, Karine Borges da
Oliveira, Maria Inês Couto de
Boccolini, Cristiano Siqueira
Sally, Enilce de Oliveira Fonseca
author_role author
author2 Oliveira, Maria Inês Couto de
Boccolini, Cristiano Siqueira
Sally, Enilce de Oliveira Fonseca
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Karine Borges da
Oliveira, Maria Inês Couto de
Boccolini, Cristiano Siqueira
Sally, Enilce de Oliveira Fonseca
dc.subject.por.fl_str_mv Breast-Milk substitutes
Infant Formula
Pacifiers
Products Commerce
Direct-to-Consumer Advertising
Substitutos do Leite Humano
Fórmulas Infantis
Chupetas
Comercialização de Produtos
Publicidade Direta ao Consumidor, legislação & jurisprudência
topic Breast-Milk substitutes
Infant Formula
Pacifiers
Products Commerce
Direct-to-Consumer Advertising
Substitutos do Leite Humano
Fórmulas Infantis
Chupetas
Comercialização de Produtos
Publicidade Direta ao Consumidor, legislação & jurisprudência
description OBJETIVO: Avaliar se a comercialização de fórmulas infantis, mamadeiras, bicos, chupetas e protetores de mamilo é realizada em cumprimento com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância e de Produtos de Puericultura Correlatos (NBCAL). A promoção comercial desses produtos é proibida pela Lei 11.265. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido em 2017 por meio de um censo de todas as farmácias, supermercados e lojas de departamento que comercializavam produtos abrangidos pela NBCAL na Zona Sul do Rio de Janeiro. Profissionais de saúde capacitados na NBCAL utilizaram formulário eletrônico estruturado para observação direta dos estabelecimentos e para entrevista com seus responsáveis. Foram criados seis indicadores de avaliação das práticas comerciais e realizadas análises descritivas. RESULTADOS: Foram avaliados 352 estabelecimentos comerciais: 240 farmácias, 88 supermercados e 24 lojas de departamento, dos quais 88% comercializavam produtos cuja promoção é proibida pela NBCAL. Foram encontradas promoções comerciais ilegais em 20,3% daqueles que comercializavam os produtos investigados: 52 farmácias (21,9%), quatro supermercados (7,5%) e sete lojas de departamento (33,3%). As estratégias de promoção comercial mais frequentes foram os descontos (13,2%) e as exposições especiais (9,3%). Os produtos com maior prevalência de infrações à NBCAL foram as fórmulas infantis (16,0%). Foram entrevistados 309 responsáveis por estabelecimentos comerciais, 50,8% relatando não conhecer a lei. Mais de três quartos dos responsáveis relataram receber visitas nos estabelecimentos de representantes comerciais de empresas fabricantes de fórmulas infantis. CONCLUSÃO: Mais de um quinto dos estabelecimentos comerciais faziam promoção comercial de fórmulas infantis para lactentes, mamadeiras e bicos, apesar de essa prática ser proibida no Brasil há trinta anos. É necessária a capacitação dos seus responsáveis. Os órgãos governamentais devem realizar fiscalização dos estabelecimentos comerciais para coibir estratégias de persuasão e indução à vendas desses produtos, garantindo às mães autonomia na decisão sobre a alimentação de seus filhos.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-01-27
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036
10.11606/s1518-8787.2020054000854
url https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036
identifier_str_mv 10.11606/s1518-8787.2020054000854
dc.language.iso.fl_str_mv eng
por
language eng
por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036/158907
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036/158908
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166036/158909
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Revista de Saúde Pública
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Revista de Saúde Pública
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/xml
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 10
Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 10
Revista de Saúde Pública; v. 54 (2020); 10
1518-8787
0034-8910
reponame:Revista de Saúde Pública
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de Saúde Pública
collection Revista de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br
_version_ 1787713239955537920