Jogo e linguagem: o papel do jogo na Educação a partir da virada linguística
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://doi.org/10.11606/D.48.2020.tde-18062021-101013 |
Resumo: | O presente trabalho tem a intenção de questionar o lugar do jogo na Educação sem reduzi-lo aos seus efeitos, analisando o lúdico a partir de suas premissas e de seu funcionamento na linguagem. Para isso, parte da afirmação de Johan Huizinga de que o jogo é a origem da cultura, sugerindo que dentro de delimitações de regras, de espaço e de tempo, jogos estabelecem propostas autônomas capazes de gerar novos significados passíveis de serem apropriados pela cultura. Essa abordagem estabelece o jogo como um acontecimento na linguagem, iniciando uma linha de análise que levará a Gregory Bateson, autor que entende o jogo como uma estrutura linguística que envolve metalinguagem e metacomunicação para ressignificar os demais signos. Esses posicionamentos inserem-se dentro do recorte da virada linguística, uma concepção teórica que afirma a primazia das palavras sobre as coisas e engloba autores de diferentes áreas. Utilizando esta corrente de pensamento como fio condutor, torna-se possível recorrer a outros autores, como Ludwig Wittgenstein e George Spencer-Brown, para pensar as dificuldades de um uso utilitarista do jogo na Educação, os desafios da gamificação, a relação entre o jogo e o mundo que o cerca, e propor o lúdico como um lugar constante de experimentação, invenção, risco e compreensão das estruturas da linguagem. |
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