O tratamento da resistência térmica superficial nas normas técnicas brasileiras e sua influência no consumo energético estimado para edifícios

• Autor(a) principal: Martins, Monalisa Coelho
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Schmid, Aloísio Leoni
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Gestão Industrial
• Texto Completo: https://periodicos.utfpr.edu.br/revistagi/article/view/9288
• topic: Engenharias; Ambiente Construído; Construção Civil; Processos Construtivos; Radiação; Resistência térmica superficial; Desempenho térmico de edifícios; Zonas Bioclimáticas.

O aprimoramento do desempenho térmico de edificações está se tornando o foco de estudos para reduzir a demanda energética no setor. As edificações são alvos de geração de gases prejudiciais ao efeito estufa e também no que concerne ao elevado consumo energético. Os edifícios consomem em média 30% da energia elétrica disponível e a tendência é que essa demanda aumente com o passar dos anos. Contudo, as linhas de transmissão não estão acompanhando esse aumento de demanda energética e devido aos picos de consumo geram sobrecarga no sistema causando os indesejados “apagões”. Nos cálculos de desempenho térmico, um dos parâmetros utilizados é a resistência térmica superficial, cujo cálculo envolve diversos fatores, principalmente ambientais. Na NBR 15220-2 “Desempenho térmico de edificações”, são sugeridos valores médios de resistência térmica superficial que são utilizados em todo o país, independente das características ambientais de cada região. Portanto, o foco desse trabalho é analisar as consequências do uso dos coeficientes convectivos nas oito zonas Bioclimáticas do Brasil, utilizando os coeficientes convectivos da norma e, comparar com outros métodos consagrados na bibliografia. Os resultados demonstraram que o método sugerido pela norma brasileira na maioria dos casos pode fornecer valores de demanda energética acima daquela obtida por outros métodos, resultando em um superdimensionamento de sistemas de condicionamento térmico, com potência até 57,30% maior. Contudo, em alguns casos, houve evidências de subdimensionamento, deixando clara a importância da análise para diferentes condições climáticas.