Euclides da Cunha
Euclydes Rodrigues Pimenta da Cunha (Cantagalo, 20 de janeiro de 1866 – Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1909) foi um escritor e jornalista brasileiro.Nascido em Cantagalo, estudou na Escola Politécnica e na Escola Militar da Praia Vermelha, tornando-se brevemente um militar. Ingressou no jornal ''A Província de S. Paulo'' — hoje ''O Estado de S. Paulo'' — enquanto recebia título de bacharel e primeiro-tenente. Em 1897, tornou-se jornalista correspondente de guerra e cobriu alguns dos principais acontecimentos da Guerra de Canudos, conflito dos sertanejos da Bahia liderados pelo religioso Antônio Conselheiro contra o Exército Brasileiro. Os escritos de sua experiência em Canudos renderam-lhe a publicação de ''Os Sertões'', considerada uma obra notável do movimento pré-modernista que, além de narrar a guerra, relata a vida e sociedade de um povo negligenciado e esquecido pela metrópole.
Reconhecido por seu trabalho, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903. Viajou para a região norte do Brasil em uma campanha de demarcação de suas fronteiras, a qual chefiou. Lá, escreveu obras de denúncia e, ao voltar para o Rio de Janeiro, trabalhou no gabinete do Barão de Rio Branco. Seu casamento com Ana Emília Ribeiro foi marcado pela infidelidade de sua esposa, que teve dois filhos fora do casamento, frutos de seu caso extraconjugal com o militar Dilermando de Assis. Ao saber do caso, Euclydes tentou assassinar o amante de sua esposa, contudo foi morto por este em 15 de agosto de 1909, no que ficou conhecido como "Tragédia da Piedade".
Sua obra continua relevante no âmbito nacional e é estudada no mundo acadêmico. Cidades fortemente ligadas a sua vida comemoram a Semana Euclidiana, em razão de ''Os Sertões''. A obra é reconhecida por seu regionalismo e neologismo, típicos do período pré-modernista e influentes nas origens do modernismo. No centenário de sua morte foi realizado em sua cidade natal uma série de exposições do ''Projeto 100 Anos Sem Euclides''. Fornecido pela Wikipedia
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