Enriquecimento ambiental como ferramenta para a promoção do bem-estar em Puma concolor (LINNAEUS, 1771) sob cuidados humanos na Reserva RP no município de Ribeirão Pires - São Paulo.

• Autor(a) principal: Rodrigues, Luana Rocha
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/31170
• topic: Enriquecimento ambiental; Bem-estar; Conservação; P. concolor

O Puma concolor (LINNAEUS, 1771), popularmente chamado de onça-parda ou suçuarana, pertence à família dos felídeos e é nativo das Américas. Esses animais em vida livre possuem hábitos crepusculares/ noturnos e uma vida solitária, dinâmica e imprevisível. Entretanto, quando estão sob cuidados humanos em cativeiro, suas ações e habitat são limitados e controlados, tornando sua rotina algo previsível e estressante. Como forma de amenizar o estresse e promover uma vida com qualidade e bem-estar ao animal, métodos de enriquecimento ambiental são aplicados a fim de estimular comportamentos físicos e atividades psicológicas próximas ao que ele vivenciaria na natureza. O presente trabalho analisou de forma prática o comportamento de três espécimes de P. concolor mantidas em um mantenedor de fauna silvestre (Reserva RP) em Ribeirão Pires, São Paulo. As observações realizadas por amostragem Animal Focal foram divididas em duas etapas. A Fase 1 totalizou 21 horas de registro comportamental dos animais sem enriquecimento ambiental (cerca de 63 observações) e, na Fase 2, foram 15 horas (totais) de registro com a aplicação de enriquecimento ambiental alimentar, físico, cognitivo e sensorial (cerca de 45 observações). Os enriquecimentos introduzidos foram: caixas de papelão com carne bovina e erva-doce (alimentar e sensorial); abóbora moranga com canela (cognitivo); canela em pó espalhada pelo recinto (sensorial); pneu suspenso (físico) e melancia recheada com carne (alimentar). Os resultados mostraram que na primeira etapa do experimento, os comportamentos mais registrados em média foram DORMINDO (28,1%) e DEITADO (24,6%), e um percentual baixíssimo de interação (cerca de 1,5%). Enquanto na segunda etapa, houve um aumento significativo em INTERAGINDO (27,5%) e uma redução em comportamentos estereotipados e de inatividade, sugerindo que a aplicação de atividades de enriquecimento ambiental pode promover o bem-estar das onças-pardas de vida cativa.