Influência das mídias sobre a imagem corporal de adolescentes e jovens adultas

• Autor(a) principal: Batista Chaves, Beatriz
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Cabral Vulcani, Erika, Mascigrande Homsi, Juliana, Silveira Roriz De Pina, Rosana, Ramos Barbosa, Victor
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/29911
• topic: Insatisfação com a imagem corporal; Comparação social; Meios de comunicação sociais; Padrões de referência; Adolescentes

Introdução: A imagem corporal (IC), definida como a maneira como cada um identifica o próprio corpo, tem grande impacto na vivência e percepção corporal. Principalmente durante a adolescência e o início da vida adulta, períodos de importantes mudanças fisiológicas, sociais e emocionais, a IC pode ser influenciada por fatores externos como a família, amigos, companheiros e a também a mídia. A vulnerabilidade nessas faixas etárias é ainda mais evidente no sexo feminino, já que a exposição a padrões de beleza propagados pelas mídias tende a ser mais marcante e pode agravar a relação com os corpos e com a autoimagem. Objetivo: Compreender a influência de diferentes tipos de mídias na IC de adolescentes e jovens mulheres. Material e Método: Trata-se de uma revisão narrativa. O levantamento foi feito nas bases de dados Scielo, PubMed, Lilacs e Periódicos Capes, escritos em Português e Inglês, considerando os últimos dez anos (2012-2022). A partir das buscas foram obtidos 476 artigos e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, remanesceram 25 artigos. Após a busca manual, resultaram-se 40 artigos incluídos neste trabalho. Resultados e Discussão: Historicamente, as mulheres enfrentam as consequências da imposição de padrões de beleza, que sofrem mudanças com o decorrer do tempo. Além disso, a adolescência e o início da vida adulta são períodos marcados por mudanças que participam da construção da identidade de cada indivíduo. O meio social, o ambiente, as famílias e os amigos possuem grande influência na formação e aceitação da IC. As mídias, por sua vez, são responsáveis pela propagação de corpos idealizados que repercutem significativamente na IC. O impacto da imposição e propagação do padrão estético pelas mídias na IC é o aumento da comparação social e da insatisfação corporal. O avanço das mídias sociais ocasionou uma expansão do padrão de beleza que ainda prevalece como referência para as mulheres, levando à internalização do ideal de magreza já estabelecido. O termo Fitspiration, com a finalidade de inspirar hábitos de vida saudáveis através de dietas e exercícios físicos, tende a ser negativo em relação à IC devido à dificuldade para alcançar o padrão de corpo magro e tonificado. Em contrapartida, o movimento do Body positive desperta uma nova perspectiva, de forma a enaltecer a autoaceitação e a valorização, não só pela aparência, mas também pela função que o corpo exerce. Observou-se que a incidência de insatisfação corporal apresentou relação positiva com a exposição a conteúdos midiáticos relacionados ao corpo e comportamentos de risco para Transtornos Alimentares (TA) foram identificados pelas pesquisas. A internalização do ideal de magreza parece ter efeito significativo sobre a insatisfação corporal quando relacionada à exposição midiática. Conclusão: A influência das mídias, a frequência e o tipo de conteúdo ao qual os indivíduos são expostos foram aspectos significativos relacionados à IC. Destaca-se a importância de mais estudos sobre o tema, devido uma escassez de produções sobre o assunto na população brasileira e nas faixas etárias estudadas.