"Diferentes volumes de treinamento físico em modelo experimental de menopausa e obesidade: efeitos metabólicos, hemodinâmicos e autonômicos"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
Texto Completo: | https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/18455 |
Resumo: | Após a menopausa, há maior tendência a um estado pró-inflamatório, acúmulo de gordura visceral e aumento de pressão arterial, contribuindo para a obesidade e aumento do risco cardiovascular. Por outro lado, o treinamento físico promove benefícios importantes sobre fatores de risco cardiometabólicos. Nesse sentido, o Colégio Americano de Medicina do Esporte sugere que a frequência semanal para prática de atividade física regular seja, no mínimo, 3 dias por semana. Entretanto, essa recomendação se aplica a população geral, de modo que não se considera a associação de fatores de risco tão frequentemente observada após a menopausa. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de diferentes volumes de treinamento físico aeróbio moderado sobre parâmetros metabólicos, hemodinâmicos e autonômicos em um modelo experimental de menopausa alimentado com dieta hiperlipídica. Para isto, foram utilizadas 32 camundongos C57BL/6J ooforectomizadas alimentadas com dieta hiperlipídica, divididas em 4 grupos (n=8 cada): sedentário (OSD); treinado 3 dias por semana em moderada intensidade (OTD3); treinado 5 dias por semana em moderada intensidade (OTD5); treinado 7 dias por semana em moderada intensidade (OTD7). A administração da dieta hiperlipídica teve duração de 9 semanas, sendo que a ooforectomia foi realizada ao final da 4a. Glicemia de jejum e tolerância oral à glicose foram avaliadas antes da ooforetomia e ao final do estudo. O treinamento físico teve duração de 4 semanas (6a a 9a semana do protocolo). Ao final do estudo, os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (PA), análise da sensibilidade barorreflexa e da modulação autonômica cardiovascular. Os resultados demonstram que o maior volume de treinamento físico (OTD7) proporcionou redução acentuada do peso corporal, tecido adiposo (OSD: 0,060±0,007; OTD3: 0,051±0,005; OTD5: 0,052±0,009; OTD7: 0,029±0,003 gramas) e glicemia de jejum (OSD: 158±6; OTD3: 145±5; OTD5: 143±5; OTD7: 133±5 mg/dL). Em parâmetros cardiovasculares, os grupos que treinaram 5 (OTD5) e 7 (OTD7) dias na semana apresentaram redução na PA sistólica e média (OSD: 113±2; OTD3: 111±2; OTD5: 102±3; OTD7: 103±2 mmHg), na frequência cardíaca (OSD: 655±14; OTD3: 538±30; OTD5: 532±36; OTD7: 520±12 bpm), melhora na sensibilidade barorreflexa (resposta bradicárdica - OSD: 1,5±0,2; OTD3: 2,1±0,1; OTD5: 2,5±0,3; OTD7: 2,4±0,1 bpm/mmHg), redução no balanço simpato-vagal (BF/AF - OSD: 2,7±0,6; OTD3: 1,7±0,2; OTD5: 0,9±0,3; OTD7: 0,9±0,2) e na modulação simpática vascular (VAR-PAS - OSD: 20±4; OTD3: 19±2; OTD5: 10±2; OTD7: 11±2 mg/dL). Por outro lado, a prescrição de treinamento físico aeróbio 3 dias na semana parece ser insuficiente para manejo dos fatores de risco cardiometabólicos observados com a associação da privação ovariana e obesidade. Concluindo, o público feminino, especialmente após a menopausa, carece de diretrizes específicas de orientação para a prática de atividade física, já que o mínimo recomendado para a população geral (3 dias por semana) não é eficaz no manejo dos fatores de risco cardiometabólicos observados na associação de privação ovariana e obesidade. |
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