Uso de Cannabis como tratamento alternativo do Transtorno do Espectro Autista

• Autor(a) principal: Silva, Giulia Gaspar
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Cardozo, Regiane Aparecida Santiago, Comparoni, Lucas Lopes
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/13466
• topic: Transtorno do Espectro Autista; Cannabis sativa; Cannabidiol; Tetrahidrocanabinol

O Espectro Autista é um transtorno neurológico que até o momento não apresenta uma causa específica definida. Os pacientes geralmente apresentam sintomas característicos, como por exemplo, autoflagelo, insônia, agressividade e transtornos sociais. A definição dos principais aspectos do Sistema Endocanabinóide, que é responsável pela modulação de diversos outros sistemas por meio de dois principais receptores, sendo eles os receptores endocanabinóides tipo 1 e 2 são importantes para elucidar novas possibilidades de tratamento por essa rota de atuação. Relacionar estudos recentes que indicam a utilização de novas terapias fazendo o uso da Cannabis sativa L, em especial os componentes específicos Δ9- tetrahidrocanabinol (THC) e Canabidiol (CBD) são cruciais para novas indicações terapêuticas dessa espécie para algumas patologias de difícil tratamento com terapias convencionais, incluindo o transtorno citado neste trabalho. Tanto o THC quanto o CBD apresentam ação no sistema endocanabinóide e têm apresentado grande relevância na melhora dos quadros clínicos desses pacientes. Entretanto, mesmo já apresentando comprovação de seu potencial na ação em receptores endocanabinóides, ainda há um longo caminho pela frente em relação aos estudos dessas substâncias presentes na Cannabis, reforçando assim a importância da associação desse tratamento e de outros com terapias multidisciplinares a serem utilizadas nestes pacientes. Com base nesta revisão é possível verificar que o CBD é promissor para amenizar os sintomas e aumentar a qualidade de vida de indivíduos com TEA. Porém, mesmo com a aprovação da importação dessas substâncias pela ANVISA para tratar várias patologias, ainda é necessário que tenhamos estudos mais aprofundados para a aprovação da comercialização da Cannabis medicinal para uso no Transtorno do Espectro Autista no Brasil, sem preconceitos relacionados ao uso, considerando a relevância científica, farmacológica e ética.