Suscetibilidade materna à COVID-19: novos insights de enfrentamento à pandemia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Érica Diane Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17816
Resumo: Ainda no final do ano de 2020 iniciou uma pandemia com efeitos catastróficos, tanto em relação as complicações desenvolvidas pelos pacientes infectados, como também pelo grande número de óbitos; e não diferente um dos grupos considerados de risco e que sofreram com as restrições e complicações clínicas da doença foram as gestantes, fator este relacionado tanto as comorbidades pré-existentes, assim como as alterações fisiológicas devido ao período gestacional. O trabalho tem como objetivo geral, discutir quais os fatores fisiológicos do período gestacional proporcionam maiores taxas de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e como as estratégias preventivas e de atendimento às mulheres gestantes garantem a redução dos casos. Os objetivos específicos são discorrer sobre o mecanismo de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e a relação especifica entre ACE2 e a suscetibilidade materna, assim como, as manifestações decorrentes tanto para gestante como para o feto, através da possível transmissão via vertical ou pela amamentação, tal qual abordar a realidade brasileira no cenário pandêmico mundial em relação aos casos de COVID-19 e gestante. A pesquisa realizada trata-se de uma revisão integrativa da literatura, sendo utilizados como descritores “gestação”, “vacina”, “COVID-19” e “SARS-CoV-2” nos idiomas português e inglês, consultados nas bases de dados da LILACS, MEDLINE/PubMed, SciELO e na BVS, tendo como limitadores temporais, publicação entre os anos de 2011 a 2021, com ênfase nas de 2020 a 2021. A revisão sistemática das obras para a realização da então monografia se deu entre os meses de agosto e novembro de 2021. Com o surgimento da pandemia, tornou-se necessário atentar-se para à vulnerabilidade das gestantes e seus bebês que esse nicho sofre diversas alterações fisiológicas devido a atuações hormonais durante a gestação, necessárias para o desenvolvimento fetal. A grande presença da enzima ECA2, tanto na circulação materna quanto na barreira placentária, contribuiu para o aumento das chances de contágio materno-fetal, já que a enzima é a principal mediadora de ligação entre o vírus e a sua duplicação dentro do organismo humano. Apesar das várias discordâncias na literatura, no entanto, já é possível evidenciar que entre as complicações obstétricas mais recorrentes em gestantes com a infecção pela COVID-19 são evento de abortos espontâneos, partos prematuros, consequentemente, aumentando o número da realização de cesarianas e também pode ser identificada a redução no crescimento intrauterino. No Brasil, os números de óbitos relacionados a essa população em específico superaram as médias mundiais, reafirmando a fragilidade da atenção à saúde materna e fetal no território nacional. À vista disso, a prevenção, se tornou a estratégia fundamental de enfrentamento ao vírus e não diferente da população em geral, as medidas de restrição, higienização, distanciamento social e a vacinação também se estende ao grupo e que acrescentam resultados efetivos; outras medidas em específico estariam relacionadas a adequação do atendimento nas consultas pré-natais, o pré-parto, nascimento, pós-parto, manejo ao recém-nascido e o aleitamento materno.
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