Pandemia da COVID-19 e saúde mental: uma revisão bibliográfica sobre isolamento social e transtornos psicológicos associados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Victória Macêdo
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Pereira, Maria Suely Nascimento
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/26030
Resumo: O presente ensaio faz uma explanação acerca das produções do isolamento social sobre a saúde mental das pessoas, analisando o isolamento como fator predisponente para o surgimento de transtornos mentais ou mesmo servindo para emersão de pré-existentes. Trata-se de revisão bibliográfica, de caráter qualitativo, pela qual buscou-se, através das produções já construídas acerca do tema, compreender como a pandemia da COVID-19 e sua principal medida de controle contra disseminação da doença exerceram influência psicológica sobre os indivíduos que, submetidos a um nível elevado de estresse, experimentaram sintomas de ansiedade e depressão ou mesmo abriram precedentes para o surgimento do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A partir dos capítulos, abordou-se alguns determinantes subjetivos e sociais, que funcionaram como facilitadores para a instalação das psicopatologias citadas, demarcando uma dinâmica entre as experiências compartilhadas com aquelas vivenciadas particularmente, evidenciando um contexto conflituoso que estava muito além das produções do surto pandêmico e isolamento social sobre a rotina das pessoas. Através do referencial teórico e discussões subsequentes, percebeu-se a prevalência de adoecimentos psicológicos em determinados perfis, demonstrando que embora a pandemia e isolamento social trouxeram implicações para a vida de todas pessoas, a sobrecarga emocional oriunda da experiência recaiu com mais força sobre grupos específicos, associando vulnerabilidades a predisposições ao adoecimento mental. Debates acerca de gênero, faixa etária, posição social, condição socioeconômica e perfil profissional, em menção aos trabalhadores da saúde, foram utilizados como modelos explicativos, demonstrando que fatores associados foram responsáveis pelo aumento dos casos de transtornos mentais na população durante o isolamento social, demarcando o Brasil e sua instabilidade política, o que também veio a contribuir para o problema. Recomendações de órgãos e instituições de saúde brasileiras foram elencadas em referência aos cuidados com a saúde mental da população em tempos de pandemia, mais uma vez considerando perfis e vulnerabilidades, em conformidade com a necessidade de um serviço psicológico disponível e de fácil acesso que, mesmo indicado como essencial, não foi capaz de alcançar um grande número de pessoas, principalmente aquelas que parecem ser invisíveis ao poder público.
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