A cultura da vaquejada e a identidade nordestina: os limites entre o direito, a diversão e a proteção aos animais

• Autor(a) principal: Brito, Amanda Maria Gois de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/19897
• topic: Vaquejada; Cultura Nordestina; Esportes Equestres; Maus-Tratos ao animais

A vaquejada é um esporte equestre genuinamente nordestino. Originou-se com a labuta nos currais ultrapassando as cercas e chegando a todo o território brasileiro. Hodiernamente, a mesma é responsável pela movimentação econômica de milhares de famílias, sendo a maior fonte de renda de inúmeras cidades brasileiras. Por mais que tenha uma representatividade maior na região Nordeste do Brasil, a vaquejada já está presente em todo território nacional, mesmo que em menor evidência. Busca-se através desse estudo sanar possíveis dúvidas acerca do funcionamento deste esporte e demonstrar que tais eventos não trazem prejuízo algum para os bovinos ou equinos envolvidos na ação, muito pelo contrário, há uma valorização desses seres. Sendo esta uma das principais preocupações da vaquejada moderna, foi possível chegar a sua legalização e consolidação como manifestação cultural, antes mesmo de ser um esporte ou uma fonte de renda. Tal discussão teve início, em âmbito nacional, com o julgamento da ADI 4.983/CE, ao qual foi decretada a inconstitucionalidade que garantia tal status a vaquejada. Tal celeuma resultou na EC 96/2017, que possibilitou a manutenção do desporte e da cultura, sendo limitada por legislação regulamentar, que por sua vez impede qualquer abuso em relação aos direitos dos animais, que nunca foi o intuito dos vaqueiros.