Análise sociodemográfica das vítimas de violência física no âmbito doméstico no município de Tubarão/SC

• Autor(a) principal: CLAUDINO, Amanda
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/25721
• topic: Violência Doméstica; Perfil Sociodemográfico; Violência Física; Vítimas Tubarão/SC

O presente trabalho possui como objetivo categorizar o perfil sociodemográfico das mulheres que são vítimas de violência física no âmbito doméstico no município de Tubarão/SC. A perspectiva metodológica consubstancia-se em uma pesquisa quantitativa baseada na análise de todas as medidas protetivas de urgência requeridas em face do agressor em que a agressão física efetivamente veio a se consolidar, entre o período de 03/01/2021 e 28/01/2022, que resultaram em 72 (setenta e duas) medidas, todas constantes na Delegacia de Proteção à Criança, Mulher e ao Idoso do município acima mencionado. Nesse estudo, constatou-se, a partir da coleta de dados que 21% das vítimas analisadas possuem entre 41 e 45 anos, 70% delas se identificam como sendo da raça branca e 31% delas possuem o índice de escolaridade consubstanciado no ensino médio completo. Durante a realização da pesquisa, a autora optou por expandir os quesitos para analisar sinteticamente o perfil do próprio agressor, obtendo como resultado que 19% destes possuem entre 36 e 40 anos e no que se refere ao índice de escolaridade, 40% dos agressores possuem apenas ensino fundamental incompleto. Do formulário nacional de avaliação de risco de violência doméstica e familiar contra a mulher, anexo da resolução conjunta n. 5 de 3 de março de 2020, preenchido pelas próprias vítimas e/ou com auxilio das equipes multidisciplinares, foram extraídos elementos cruciais para o delineamento dos resultados alçados com o presente trabalho, tais como: o vínculo entre a vítima e o autor da agressão obteve 39% como sendo marido/companheiro da vítima, 67% das vítimas afirmaram que os agressores a perseguem, demonstram ciúme excessivo, e tentam controlar sua vida (aonde vai, com quem conversa, o tipo de roupa que usa etc.), 25% das vítimas relataram que o agressor já forçou relações sexuais não consentidas, 42% dos agressores fazem uso abusivo de álcool e, 28% de drogas. Outro ponto importante alcançado com o presente estudo é que se pôde concluir que 71% das vítimas manifestaram intenção de se separar e/ou efetivaram a separação e por fim, 51% das vítimas optaram por não representar criminalmente em face do agressor, ainda que requerida a medida protetiva.