Inflação: um desafio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bernarecki, Lisiane Correa Haubrich
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/7963
Resumo: Quando iniciei o meu TCC, no ano passado, a inflação no país estava alta e afetava a economia. A crise econômica já era sentida há mais de um ano. E havia na população uma rejeição ao governo da presidente Dilma. Essa rejeição também afetava a economia, e não se via uma luz no fim do túnel, e assim seu mandato é cassado e seu vice assume o seu lugar. No começo do mês de maio de 2017, quando o país já respirava um pouco mais e a economia dava sinais de melhoria, uma “bomba” é lançada no Brasil. A delação dos donos da JBS sacode não só a política, mas também a econômica. Para os economistas clássicos, o governo não deveria intervir na economia, pois o mercado sozinho agiria. Uma “mão invisível” guiaria as ações de oferta e procura, de acordo com o pensador escocês Adam Smith. Para Adam Smith, o livre comércio favorecia o crescimento econômico, contudo não previu que essa liberdade de mercado beneficiaria a desigualdade entre os homens. O capitalismo sofre com ciclos de fartura e escassez, de crescimento econômico e recessões. A Grande Depressão fez com que as ideias de John Maynard Keynes fossem utilizadas pelos os EUA que tinham milhões de desempregados, e sofria com uma crise econômica gigantesca. A intervenção do governo deveria estimular a economia, injetando dinheiro na construção de rodovias, represas e outras obras, que garantissem a criação de empregos. Após a Segunda Guerra Mundial, as ideias de Keynes formaram o Estado de Bem Estar Social que muitos países adotaram. Nos anos 70, as ideias de Keynes foram abandonadas, pois a inflação e o desemprego tiveram um aumento significativo na economia ocidental. Há uma diminuição do controle do governo, seguindo as ideias de Milton Friedman, o Estado controlaria o crescimento do volume da oferta de moeda para garantir uma inflação baixa, quando fosse necessário.Com a política monetária, o governo mais conservador controlaria a inflação. Privatizações e corte de custos tomaram conta de muitos países que começaram a seguir uma política monetária. O Brasil depois de um pequeno “milagre econômico”, no final dos anos 1970 segue uma época de inflação descontrolada e endividamento interno. Os militares deixaram para o país uma dívida externa enorme e uma crise econômica que afetava o crescimento e desenvolvimento da nação. Nos anos posteriores a situação só piorou, pois a inflação chegava a mais de dois dígitos por mês, e só aumentava. Foram lançados vários planos econômicos que não deram em nada, fazendo que a situação chegasse a um ponto que a moeda trocasse de nome e fosse confiscada para o desespero da população. Foi só com o Plano Real e o controle da moeda, que o país pode enfim respirar mais aliviado e ter um crescimento econômico satisfatório e não ilusório. Como no país a democracia ainda engatinha, e o governo não sabe separar o público do privado, a inflação voltou e junto a crise econômica e a política.
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