Impactos da COVID-19 na pelve e suas funções: considerações e a importância da fisioterapia pélvica

• Autor(a) principal: Nascimento, Ana Clara do
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17793
• topic: COVID-19; Disfunções do assoalho pélvico; Disfunções sexuais; Fisioterapia pélvica; SARS-CoV-2

A atual pandemia global, declarada por esse título em março de 2020, é ocasionada pelo SARS-CoV-2, novo coronavírus com grande disseminação. Devido a essa condição, surgiu a necessidade de prevenção de contágio e entendimento dos seus mecanismos. Sabendo do seu tropismo e de sua ligação com os receptores na enzima conversora de angiotensina 2, e abundância desta em tecidos endoteliais, fundamentam-se as consequências sistêmicas da COVID-19, incluindo os ocasionados à pelve que ainda são pouco estudados. O trabalho tem como objetivo principal analisar os impactos na pelve e a importância da fisioterapia pélvica na reabilitação pós-infecção por SARS-CoV-2, e como objetivos específicos, descrever a neurologia, anatomia e fisiologia da pelve, caracterizar a patologia da COVID-19 e suas consequências ao organismo humano, investigar os impactos na pelve e em suas funções e destacar a importância e a atuação da fisioterapia pélvica na reabilitação pós-COVID-19. Logo, a presente monografia, realizada no período entre agosto e novembro de 2021, refere-se uma revisão bibliográfica feita através dos descritores: “COVID-19”, “assoalho pélvico”, “fraqueza muscular”, “saúde mental”, “distúrbios do assoalho pélvico”, “sinais e sintomas respiratórios”, “sistema circulatório”, “saúde sexual e reprodutiva” e “disfunção sexual”. A pesquisa foi realizada nas bases de dados: LILACS/BIREME, SciELO e MEDLINE/PubMed; nos idiomas espanhol, inglês e português; utilizando-se artigos publicados entre 2016 e 2021, com predominância de estudos de 2020 e 2021 e algumas exceções de grandes obras, cartilhas, diretrizes e orientações de órgãos de saúde, algumas anteriores a 2016. À vista disso, é possível destacar os sinais, sintomas e as consequências sistêmicas da COVID-19 ao organismo humano, levando em consideração as alterações pélvicas que ainda recebem pouco enfoque de estudos. No entanto, entende-se a necessidade da avaliação pélvica e intervenção dessa especialidade da fisioterapia em sobreviventes pós-infecção por SARS-CoV-2 que apresentam disfunções pélvicas e sexuais. O fisioterapeuta uroginecológico pode atuar na prevenção de contágio do vírus e na evolução de complicações pélvicas pré-existentes, como também participam da reabilitação desses pacientes sobreviventes. Ainda, é observável que a pandemia e a infecção por SARS-CoV-2 geram sequelas psicológicas e físicas, ambos impactam na funcionalidade pélvica visto que condições como transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade e depressão e a fraqueza global, alterações cardiovasculares, tosses e espirros repetitivos, falta de ar e alterações respiratórias estão intimamente ligadas com as disfunções do assoalho pélvico e sexuais, inclusive como uma relação bidirecional. Todavia, apesar da necessidade de mais investigações sobre a temática, com base nos resultados encontrados, é possível identificar a primordialidade da atuação fisioterapêutica na reabilitação significativa, proporcionando melhora/devolução da funcionalidade e melhoria da qualidade de vida desses pacientes.