Os impactos do diagnóstico de HIV à saúde materno-infantil: da descoberta da gravidez ao pós-parto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
Texto Completo: | https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/23455 |
Resumo: | O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ataca o sistema imunológico, mais especificamente os linfócitos T CD4+, provoca alteração no DNA da célula infectada, induzindo assim a replicação viral infectando novas células. O HIV não tem cura e pode ser transmitido através do contato sexual desprotegido, sangue e fluidos infectados e verticalmente de mãe para filho. O tratamento antirretroviral possibilita a diminuição da carga viral, em alguns casos se torna indetectável, e oferece ao soropositivo uma melhor qualidade e expectativa de vida. Nesse sentido, pesquisas apontam aproximadamente 12 mil casos de HIV em gestantes anualmente no Brasil, o abrupto alastramento do vírus em gestantes redobrou a atenção os órgãos de saúde e passou a exigir equipes capacitadas para realização de testes rápidos nas consultas pré-natais e atenção especifica as gestantes e puérperas HIV positivas. Com isso, o objetivo geral desta pesquisa consiste em investigar na literatura os impactos do diagnóstico de HIV à saúde materno-infantil, no que diz respeito aos aspectos biopsicossociais, com ênfase desde a assistência pré-natal ao pós-parto, e como objetivos específicos destacar a potencialização do risco de transmissão vertical frente à falta de adesão ao tratamento e a não procura dos serviços de saúde, bem como enfatizar o déficit de preparação dos profissionais de saúde para assistir as gestantes e puérperas com HIV e ressaltar a importância do aconselhamento em saúde com foco na atuação do enfermeiro na prestação de cuidados a essas mulheres do pré-natal ao pós-parto. O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura, do tipo integrativa e de natureza quanti-qualitativa, desenvolvida no Centro Universitário AGES em Paripiranga-Bahia. O levantamento de dados foi realizado nas bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PUBMED, e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), através dos Descritores em Ciências Saúde (DeCS): “HIV” and “Maternal and Child Health” and “Impacts on Health” and “Nursing”. Foram utilizados estudos publicados entre 2017 e 2022. Nesse contexto, os agravos decorrentes do diagnóstico de HIV na gestação e pós-parto são preocupantes, devido à alta capacidade de transmissão vertical do vírus, exigência de um tratamento vitalício com inúmeros efeitos colaterais, em alguns casos falta de apoio familiar, julgamento social, medo de não ter capacidade de cuidar do filho, isolamento, depressão e até pensamentos suicidas. Os bebês expostos ao HIV tendem a nascerem prematuros, e com baixo peso ao nascer, independente de parto pré-termo ou não, e as crianças apresentam mais chances de hospitalizações ao longo da vida. Outrossim, a falta de preparação profissional na assistência às mulheres soropositivas culmina na baixa adesão ao tratamento, tanto na gestação quanto no período pós-parto. Dessa forma, o aconselhamento adequado foi descrito como um componente fundamental na assistência, potencializando a procura aos serviços de saúde, melhor aceitação do diagnóstico, boa adesão a TARV e, consequentemente, diminuição na taxa de transmissão vertical. |
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