Características relacionais de famílias monoparentais cujos responsáveis são homens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mozzi, Gisele de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/10360
Resumo: As organizações familiares contemporâneas extrapolam o modelo hegemônico de família nuclear, formado por pai, mãe e filhos. A evidência das mais diversificadas formas de organização familiar, entre elas a monoparentalidade, requer a problematização deste padrão familiar idealizado, bem como dos papéis maternos e paternos esperados socialmente. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo principal compreender as características relacionais de famílias monoparentais cujos responsáveis são homens, a partir da percepção dos mesmos. A fim de alcançar este objetivo, foram entrevistados três pais que passaram pelo Serviço de Mediação Familiar e assumiram a guarda de pelo menos um dos filhos após o processo de divórcio, o que é um indicativo de possível reconfiguração familiar chamada de monoparentalidade. Essa pesquisa é classificada como explicativa e qualitativa. Utilizou-se como delineamento o estudo de caso ecomo instrumento de coleta de dados foram utilizadas estrevistas semi-estruturadas. Para realizar a análise do material, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, através da elaboração de categorias a posteriori, definidas com base nos objetivos da pesquisa. Os principais aspectos identificados foram: as atividades cotidianas das famílias pesquisadas; as formas de organização das rotinas familiares; as características identitárias de gênero e as compreensões do pai/homem sobre paternidade. Essas temáticas foram problematizadas com base na fundamentação teórica já desenvolvida e outros materiais pertinentes. Ao final deste processo foi possível compreender que os três pais entrevistados parecem ter assumido com segurança a guarda de pelo menos um dos filhos, apesar das dificuldades encontradas. Também contam com uma rede social, principalmente familiar, que auxilia nos cuidados com os filhos. A experiência vivida por estes pais parece possibilitar um transitar entre as diferentes formas de masculinidade e paternidade sem, entretanto, abandonar o modelo cultural de família nuclear idealizada. Uma vez que para estes pais a monoparentalidade é experienciada como um desafio que tem permitido adotar estratégias particulares para cuidar sozinhos de seus filhos, reflete-se sobre os olhares que se têm direcionado a estas famílias. Parece necessário distanciar-se do conceito esteriotipado e patológico de "família desestruturada" a fim de que se possa compreendê-las e construir saberes a seu respeito.
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