Cannabis medicinal no tratamento da dor crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Diêgo
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/14650
Resumo: A Cannabis Sativa é uma planta milenar da família canabaceae apresentando, entre seus principais componentes, os canabinoides. Dentre eles, THC e CBD são predominantes nos estudos clínicos atuais, apresentando propriedades antiinflamatórias, antieméticas, psicoativas e antinociceptivas importantes. Diante dos fatos, estudos para definir uma dose segura e eficaz de canabinoides no tratamento da dor crônica são importantes e vêm ocorrendo mais frequentemente nos últimos anos. Para tal, esta revisão teve como metodologia a busca de artigos no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2021, realizada nas bases de dados Scielo, Lilacs, Google acadêmico e PubMed/Medline. Desta maneira, foram utilizados os seguintes descritores: “canabinoides”, “dor crônica”, “cannabis medicinal”, dos quais 20 artigos fizeram parte desta revisão. Ademais, o delineamento de estudos da revisão se dividiu em 5% (n=1) revisão integrativa, 15% (n=3) revisões de literatura, 15% (n=3) revisões sistemáticas e meta-análises, 15% (n=3) revisões sistemáticas, 15% (n=3) ensaios clínicos randomizados e 30% (n=6) estudos de coorte. Com relação aos desfechos positivos encontrados, 25% (n=5) relataram redução significativa na dose de opioides utilizados para dor crônica após inclusão de Cannabis medicinal no tratamento, 30% (n=6) observaram redução nos scores de dor relatados pelos próprios pacientes após intervenção com Cannabis medicinal, 45% (n=9) relataram pouca evidência quanto à redução da dor após intervenção com Cannabis medicinal ou redução nas dosagens de opioides. Por outro lado, entre as formas farmacêuticas descritas na revisão, a predominância foi de cigarro 37% (n=12), óleo medicinal 18% (n=6), Spray oromucoso 18% (n=6), cápsula gelatinosa 12% (n=4), tintura 3% (n=1), óleo + inflorescência 3% (n=1), extrato etanólico 3% (n=1), balas e gomas 3% (n=1) e bongs 3% (n=1). Em resumo, os tipos de dores tratadas com canabinoides presentes na revisão foram dor crônica com 45% (n=13), dor neuropática 35% (n=10), dor irruptiva 3% (n=1), dor oncológica 3% (n=1), cefaléia 3% (n=1), síndrome de dor regional complexa 3% (n-1), dor fantasma 3% (n=1) e radiculopatia 3% (n=1). Deste modo, embora a cannabis seja uma planta, não representa uma terapia inerte. Eventualmente, alguns efeitos ligados ao uso crônico de canabinoides e também a doses elevadas já foram relatados na literatura dos quais é importante citar os problemas cardiovasculares, psicose, e problemas gastrointestinais. Da mesma maneira, outros problemas mais graves relatados foram ataques isquêmicos transitórios (AIT), acidente vascular cerebral (AVC), aumento do tônus vascular cerebral e pressão arterial central. Em suma, os achados alertam para a necessidade de mais estudos sobre os canabinoides e o funcionamento do sistema endocanabinoide. Mesmo os benefícios do uso da cannabis sejam promissores, os riscos e os benefícios devem ser considerados cada vez mais, estudos mais robustos são necessários para obtenção de protocolos e condutas seguras para o uso de canabinoides no tratamento da dor crônica.
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