Tendência temporal e custos das internações por Diabetes Mellitus no Brasil, 2011 a 2019
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
Texto Completo: | https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/27187 |
Resumo: | O Diabetes mellitus (DM) refere-se a um conjunto de doenças crônicas endócrino metabólicas relacionadas ao metabolismo da glicose, caracterizado por hiperglicemia persistente, que pode ser devido a problemas na secreção e/ou ação da insulina. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF) em 2019, o Brasil ocupou a 5ª posição mundial referente a adultos vivendo com diabetes, totalizando 16,8 milhões (7,9%) de pessoas; em 2014 os custos de saúde relacionados ao diabetes foram de US$264,9 milhões, sendo o custo médio de cada internação US$845. Sabe-se que pessoas com diabetes são mais propensas a serem hospitalizadas e permanecerem mais tempo na internação do que aquelas sem diabetes, isso ocorre devido as complicações agudas e/ou crônicas da doença. Objetivo: Realizar um panorama geral, analisar a tendência temporal e os custos das internações por diabetes mellitus em diferentes Regiões do Brasil entre 2011 e 2019. Métodos: O estudo foi do tipo ecológico exploratório misto, incluindo a análise de séries temporais e análise de subgrupos populacionais, com dados secundários provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do departamento de Informática do SUS, do Ministério da Saúde. A tendência temporal foi analisada por regressao linear generalizada de Prais-Wistern, com nível de significância de 5%. Resultados: As internações por diabetes mellitus representaram 1,2% do total de internações por todas as afecções de saúde para o período ocorridas no sistema público de saúde no país. A Taxa de Internações (TI) por DM no SUS foi de 6,77, sendo maior que a taxa geral de internação por todos os motivos no país que foi de 5,63. A TI por Região foi maior para o Nordeste e Sul. A tendência da TI apresentou-se decrescente para a maiora das Regiões, sendo estacionária na Região Norte. A análise por faixa etária da TI mostrou-se crescente no grupo crianças e adolescentes. O tempo de permanência foi de 6,17 dias, sendo maior nos estados do Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. A tendência de dias de permanência foi crescente. O valor total das internações gerou um impacto financeiro de R$844.795.917 milhões de reais (US$316.189.003) e o valor médio gasto por internação foi de R$681,52 (US$253), com tendência crescente. Conclusão: As disparidades nas taxas de internação hospitalar estão relacionadas a fatores sociodemográficos e ecônomicos, bem como oferta e qualidade dos serviços. Parece haver uma relação inversa das taxas de cobertura médica em estados com maior TI e a educação em diabetes se apresenta como uma possível ferramenta na melhoria da qualidade de vida das pessoas com diabetes contribuindo para a redução da ocorrência, tempo de permanência e custos das internações. Palavras-chave: diabetes mellitus, taxa de internação, tempo de permanência, custos, saúde pública. |
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