Trajetória profissional de trabalhadores com baixa qualificação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
Texto Completo: | https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/10319 |
Resumo: | Considerando as mudanças ocorridas no mundo do trabalho no decorrer do século XX, o enxugamento dos postos de trabalho, as necessidades cada vez maiores de qualificação profissional, e a realidade de trabalho existente no Brasil. Diante dessas questões, a presente pesquisa visa “investigar a avaliação de trabalhadores que executam atividades de baixa qualificação sobre suas trajetórias profissionais”. Foram participantes da pesquisa sujeitos com idade entre 40 e 60 anos, que executavam atividades profissionais que não exijam qualificação e que possuíam o Ensino Fundamental. O contato com os participantes ocorreu por meio de indicações de coordenadores de instituições de Ensino para Jovens e Adultos. Os sujeitos foram selecionados conforme o aceite dos mesmos em participar da presente pesquisa. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado uma entrevista semi-estruturada, construída a partir dos objetivos específicos desta pesquisa. As entrevistas foram gravadas, posteriormente transcritas, organizadas em tabelas e tratadas a partir dos procedimentos de análise de conteúdo. As categorias foram construídas de acordo com a similaridade contextual das informações coletadas. As categorias mais significativas foram: a trajetória profissional dos trabalhadores; o sentido do trabalho; as expectativas existentes no inicio da trajetória; dificuldades ao longo da trajetória; aspectos que mudariam ao longo da trajetória; percepção dos trabalhadores sobre suas trajetórias; escolhas ao longo da trajetória. Os resultados da presente pesquisa evidenciam que os sujeitos entrevistados avaliam suas trajetórias como bem sucedidas, no que se refere aos bens materias adquiridos ao longo dos anos. Os sujeitos pesquisados indicam que, se pudessem mudar algo em suas trajetórias “estudariam mais”. De maneira geral, os trabalhadores apresentam uma avaliação positiva de suas trajetórias, reconhecendo-se como “trabalhadores honestos”. Em relação ao lócus de controle, os sujeitos apresentam uma avaliação voltada para si, avaliando-se como responsáveis pelas suas escolhas e assim responsáveis pelas consequências de suas trajetórias profissionais. Dessa forma, é possível perceber que os trabalhadores pesquisados avaliam-se como culpados pela descontinuidade de seus estudos, entretanto, percebem-se capazes de aprender apenas observando outras pessoas fazendo. Nos casos estudados, os trabalhadores indicam que a fonte de controle para a avaliação pessoal passa pelo que conseguem realizar, pelas escolhas que tomaram no passado e pela maneira que se percebem como sujeitos. Dessa forma, conclui-se que os trabalhadores pesquisados focam em si os determinantes das escolhas que realizaram e realizam ao longo de suas trajetórias profissionais. Além disso, os dados 6 coletados evidenciam que os trabalhadores avaliam suas próprias trajetórias como satisfatórias em relação a bens materiais adquiridos e ao reconhecimento, por parte de seus familiares e seus vizinhos, e insatisfatória em relação ao grau de conhecimento formal que adquiriram ao longo de suas vidas. |
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