Características sociodemográficas, laborais, estilo de vida e condição de saúde de trabalhadores de indústria siderúrgica: Qual a relação com o absenteísmo?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
Texto Completo: | https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17522 |
Resumo: | Introdução: Uma das principais dificuldades enfrentadas pelos gestores de recursos humanos e do departamento de saúde e segurança do trabalho nas empresas, está relacionado ao afastamento do posto de trabalho por determinado tempo. Analisar este fenômeno faz-se necessário, bem como, estabelecer um modelo abrangente para reconhecer as razões da ausência, controlá-la e reduzi-lo. Objetivo: Avaliar os fatores associados ao absenteísmo por doença em trabalhadores de uma siderúrgica em Vitória, Espírito Santo/Brasil. Método: Trata-se de uma investigação observacional, analítica e transversal em que as variáveis independentes ou fatores influenciadores, características sociodemográficas, estilo de vida, características laborais, condições clínicas, estado nutricional e autoavaliação do estado de saúde. A determinação da amostra, foi não probabilística e de conveniência considerando o universo de 4.500 colaboradores e intervalo de confiança (IC) 95%, considerando um erro de 5,5% no desfecho principal, apontou mínimo de segurança para 297 indivíduos, sendo avaliados 317 indivíduos do sexo masculino (média de idade de 36,3 ± 10,05 anos), seguindo power da amostra calculado pelo software Epidat 4.2. Resultados: Os siderúrgicos que trabalhavam no setor operacional apresentaram quase quatro vezes mais chances de se afastarem por doença (OR 3,96, IC95% 1,86 – 8,44, P<0,001). Da mesma forma, os indivíduos pouco ativos tiveram quase o triplo de chances de se absterem do trabalho (OR 2,92, IC95% 1,14 – 7,46, P=0,025) e os que se autoavaliaram como tendo um estado de saúde regular ou ruim apresentaram mais que o dobro de chances de absenteísmo por doença no período analisado (OR 2,14, IC95% 1,07 – 4,29, P=0,032). Identificou-se que com o aumento da idade, há relação aumentada de mais de 1 vez de chance em HDL-c abaixo (OR 1,11, IC95% 1,06 – 1,15, p<0,001), enquanto trabalhar 12 horas ou mais aumenta em 26% a chances de ter HDL-c abaixo do recomendado (OR 0,26, IC95% 0,08 – 0,81, P=0,020). Ao avaliar os hábitos de vida, constatou-se que os colaboradores insuficientemente ativos apresentaram 3,52 vezes mais chances de HDL-c abaixo do recomendado (OR 3,52, IC95% 1,40 – 8,89, p=0,008). Após as análises múltiplas identificou-se que indivíduos pouco ativos, tem uma relação aumentada de mais de 14 vezes de chance em se autoavaliarem de ruim/muito ruim (OR 14,13, IC95% 3,34 - 59,74, p<0,001), enquanto perimetria elevada aumenta em mais de 50% a chances de se autoavaliarem ruim/muito ruim (OR 0,504, IC95% 0,23-1,10, p=0,087). Ao avaliar o estado de saúde, constatou-se que os colaboradores com HDL-c baixo apresentaram mais de 1 vez chances de se autoavaliarem ruim/muito ruim (OR 1,47, IC95% 0,731- 4,178), p=0,210). Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que o absenteísmo no setor siderúrgico desta empresa foi multifatorial. Desta forma, sugere-se às empresas que desenvolvam programas de condicionamento físico para melhora dos fatores relacionados ao absenteísmo por doença. |
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