Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
Texto Completo: | https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17534 |
Resumo: | Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) envolve a presença de pelo menos 3 dos seguintes fatores de risco cardiovascular: obesidade abdominal, hiperglicemia, hiperlipidemia, hipertensão arterial e resistência à insulina. Estudos têm demonstrado uma associação entre disfunção autonômica cardiovascular e a SM, sugerindo que as alterações autonômicas precedem as alterações metabólicas em um modelo de SM induzido por sobrecarga de frutose. Evidências clínicas e experimentais demonstram que o treinamento físico resistido (TR), é uma ferramenta importante para melhorar a disfunção autonômica cardiovascular em diferentes condições fisiológicas e patológicas. Objetivo: Avaliar os efeitos preventivos do TR nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo de SM induzida por sobrecarga de frutose. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos (8 semanas de idade), divididos em três grupos: grupo controle (GC), grupo frutose sedentário (GFS), grupo frutose treinado (GFT). Os animais dos grupos GFS e GFT foram submetidos à indução da SM por meio de sobrecarga de frutose (100g/L) na água de beber durante 10 semanas. O grupo GFT realizou o TR em escada vertical, 5 vezes por semana, durante 10 semanas, concomitantemente a administração de frutose. No início e ao final do protocolo foram mensuradasglicemia e triglicérides. Os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (4kHz, CODAS), avaliação da modulação autonômica cardiovascular e análise da sensibilidade barorreflexa. Posteriormente foi mensurado a resistência à insulina. Os dados foram apresentados como média e erro padrão e foram analisados através de ANOVA one way, sendo considerados significativos valores de p inferiores a 0,05. Resultados: Quanto aos parâmetros metabólicos, não houve diferença entre os grupos GC, GFS e GFT no peso corporal dos animais, bem como nos níveis plasmáticos de glicose e triglicérides, contudo, foi observado um maior peso de tecido adiposo branco e maior resistência a insulina no GFS quando comparado ao GC e GFT. A pressão arterial sistólica e diastólica foi maior no GFS comparado ao GC, enquanto a pressão arterial média também foi maior em relação ao GFT. Quanto à VFC no domínio do tempo os animais que receberam frutose e se mantiveram sedentários apresentaram menor variabilidade total em comparação com os animais controles e treinados que também consumiram frutose. No domínio da frequência, o GFS apresentou maiores valores da banda de baixa frequência, indicativo de modulação simpática, tanto para o coração quanto para os vasos, comparado ao GC e ao GFT, bem como maior a VPAS e para a sensibilidade barorreflexa espontânea, mensurada pelo índice alfa. Conclusão: A sobrecarga de frutose promoveu aumento do tecido adiposo branco, resistência à insulina, incremento nos níveis pressóricos, bem como disfunção autonômica cardiovascular, evidenciada pela redução da VFC e aumento da modulação simpática para o coração e para os vasos. Entretanto, o TR foi capaz prevenir ou atenuar essas alterações deletérias observadas tanto nos parâmetros metabólicos quanto nos hemodinâmicos e autonômicos. |
id |
Ânima_eabeecdc6dcbaf00ac57e36da0486a95 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.animaeducacao.com.br:ANIMA/17534 |
network_acronym_str |
Ânima |
network_name_str |
Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
repository_id_str |
|
spelling |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólicaSíndrome metabólicaTreinamento resistidoSistema Nervoso AutonomoIntrodução: A Síndrome Metabólica (SM) envolve a presença de pelo menos 3 dos seguintes fatores de risco cardiovascular: obesidade abdominal, hiperglicemia, hiperlipidemia, hipertensão arterial e resistência à insulina. Estudos têm demonstrado uma associação entre disfunção autonômica cardiovascular e a SM, sugerindo que as alterações autonômicas precedem as alterações metabólicas em um modelo de SM induzido por sobrecarga de frutose. Evidências clínicas e experimentais demonstram que o treinamento físico resistido (TR), é uma ferramenta importante para melhorar a disfunção autonômica cardiovascular em diferentes condições fisiológicas e patológicas. Objetivo: Avaliar os efeitos preventivos do TR nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo de SM induzida por sobrecarga de frutose. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos (8 semanas de idade), divididos em três grupos: grupo controle (GC), grupo frutose sedentário (GFS), grupo frutose treinado (GFT). Os animais dos grupos GFS e GFT foram submetidos à indução da SM por meio de sobrecarga de frutose (100g/L) na água de beber durante 10 semanas. O grupo GFT realizou o TR em escada vertical, 5 vezes por semana, durante 10 semanas, concomitantemente a administração de frutose. No início e ao final do protocolo foram mensuradasglicemia e triglicérides. Os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (4kHz, CODAS), avaliação da modulação autonômica cardiovascular e análise da sensibilidade barorreflexa. Posteriormente foi mensurado a resistência à insulina. Os dados foram apresentados como média e erro padrão e foram analisados através de ANOVA one way, sendo considerados significativos valores de p inferiores a 0,05. Resultados: Quanto aos parâmetros metabólicos, não houve diferença entre os grupos GC, GFS e GFT no peso corporal dos animais, bem como nos níveis plasmáticos de glicose e triglicérides, contudo, foi observado um maior peso de tecido adiposo branco e maior resistência a insulina no GFS quando comparado ao GC e GFT. A pressão arterial sistólica e diastólica foi maior no GFS comparado ao GC, enquanto a pressão arterial média também foi maior em relação ao GFT. Quanto à VFC no domínio do tempo os animais que receberam frutose e se mantiveram sedentários apresentaram menor variabilidade total em comparação com os animais controles e treinados que também consumiram frutose. No domínio da frequência, o GFS apresentou maiores valores da banda de baixa frequência, indicativo de modulação simpática, tanto para o coração quanto para os vasos, comparado ao GC e ao GFT, bem como maior a VPAS e para a sensibilidade barorreflexa espontânea, mensurada pelo índice alfa. Conclusão: A sobrecarga de frutose promoveu aumento do tecido adiposo branco, resistência à insulina, incremento nos níveis pressóricos, bem como disfunção autonômica cardiovascular, evidenciada pela redução da VFC e aumento da modulação simpática para o coração e para os vasos. Entretanto, o TR foi capaz prevenir ou atenuar essas alterações deletérias observadas tanto nos parâmetros metabólicos quanto nos hemodinâmicos e autonômicos.Scapini, Kátia BilharBorges, Matheus Marcucci2021-10-26T16:16:31Z2021-10-26T16:16:31Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis50 f.application/pdfhttps://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17534São PauloAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Universitário da Ânima (RUNA)instname:Ânima Educaçãoinstacron:Ânima2021-10-29T06:06:35Zoai:repositorio.animaeducacao.com.br:ANIMA/17534Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.animaeducacao.com.br/oai/requestcontato@animaeducacao.com.bropendoar:2021-10-29T06:06:35Repositório Universitário da Ânima (RUNA) - Ânima Educaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica |
title |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica |
spellingShingle |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica Borges, Matheus Marcucci Síndrome metabólica Treinamento resistido Sistema Nervoso Autonomo |
title_short |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica |
title_full |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica |
title_fullStr |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica |
title_full_unstemmed |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica |
title_sort |
Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica |
author |
Borges, Matheus Marcucci |
author_facet |
Borges, Matheus Marcucci |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Scapini, Kátia Bilhar |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Borges, Matheus Marcucci |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Síndrome metabólica Treinamento resistido Sistema Nervoso Autonomo |
topic |
Síndrome metabólica Treinamento resistido Sistema Nervoso Autonomo |
description |
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) envolve a presença de pelo menos 3 dos seguintes fatores de risco cardiovascular: obesidade abdominal, hiperglicemia, hiperlipidemia, hipertensão arterial e resistência à insulina. Estudos têm demonstrado uma associação entre disfunção autonômica cardiovascular e a SM, sugerindo que as alterações autonômicas precedem as alterações metabólicas em um modelo de SM induzido por sobrecarga de frutose. Evidências clínicas e experimentais demonstram que o treinamento físico resistido (TR), é uma ferramenta importante para melhorar a disfunção autonômica cardiovascular em diferentes condições fisiológicas e patológicas. Objetivo: Avaliar os efeitos preventivos do TR nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo de SM induzida por sobrecarga de frutose. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos (8 semanas de idade), divididos em três grupos: grupo controle (GC), grupo frutose sedentário (GFS), grupo frutose treinado (GFT). Os animais dos grupos GFS e GFT foram submetidos à indução da SM por meio de sobrecarga de frutose (100g/L) na água de beber durante 10 semanas. O grupo GFT realizou o TR em escada vertical, 5 vezes por semana, durante 10 semanas, concomitantemente a administração de frutose. No início e ao final do protocolo foram mensuradasglicemia e triglicérides. Os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (4kHz, CODAS), avaliação da modulação autonômica cardiovascular e análise da sensibilidade barorreflexa. Posteriormente foi mensurado a resistência à insulina. Os dados foram apresentados como média e erro padrão e foram analisados através de ANOVA one way, sendo considerados significativos valores de p inferiores a 0,05. Resultados: Quanto aos parâmetros metabólicos, não houve diferença entre os grupos GC, GFS e GFT no peso corporal dos animais, bem como nos níveis plasmáticos de glicose e triglicérides, contudo, foi observado um maior peso de tecido adiposo branco e maior resistência a insulina no GFS quando comparado ao GC e GFT. A pressão arterial sistólica e diastólica foi maior no GFS comparado ao GC, enquanto a pressão arterial média também foi maior em relação ao GFT. Quanto à VFC no domínio do tempo os animais que receberam frutose e se mantiveram sedentários apresentaram menor variabilidade total em comparação com os animais controles e treinados que também consumiram frutose. No domínio da frequência, o GFS apresentou maiores valores da banda de baixa frequência, indicativo de modulação simpática, tanto para o coração quanto para os vasos, comparado ao GC e ao GFT, bem como maior a VPAS e para a sensibilidade barorreflexa espontânea, mensurada pelo índice alfa. Conclusão: A sobrecarga de frutose promoveu aumento do tecido adiposo branco, resistência à insulina, incremento nos níveis pressóricos, bem como disfunção autonômica cardiovascular, evidenciada pela redução da VFC e aumento da modulação simpática para o coração e para os vasos. Entretanto, o TR foi capaz prevenir ou atenuar essas alterações deletérias observadas tanto nos parâmetros metabólicos quanto nos hemodinâmicos e autonômicos. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-10-26T16:16:31Z 2021-10-26T16:16:31Z 2021 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17534 |
url |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17534 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
50 f. application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Universitário da Ânima (RUNA) instname:Ânima Educação instacron:Ânima |
instname_str |
Ânima Educação |
instacron_str |
Ânima |
institution |
Ânima |
reponame_str |
Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
collection |
Repositório Universitário da Ânima (RUNA) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Universitário da Ânima (RUNA) - Ânima Educação |
repository.mail.fl_str_mv |
contato@animaeducacao.com.br |
_version_ |
1767415794401017856 |