A compreensão de palhaços-voluntários acerca do seu trabalho com pacientes hospitalizados

• Autor(a) principal: Souza, Suellen
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/29818
• topic: Palhaçaria; Palhaçoterapia; Trabalho voluntário

O trabalho de palhaços nos hospitais é uma atividade que usa a arte, a brincadeira e o improviso como uma ferramenta lúdica para levar alegria e entretenimento, mas que também pode ser usada para fins terapêuticos. Diante dessa circunstância, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a compreensão de palhaços-voluntários sobre sua atuação com pacientes de hospitais gerais. Como objetivos específicos, foi possível verificar a motivação dos palhaços-voluntários no ingresso e permanência neste trabalho, assim como caracterizar as atividades desenvolvidas por eles nos hospitais; identificar como esta atuação afeta a saúde emocional dos palhaços-voluntários; discutir as estratégias utilizadas pelos entrevistados para lidar com os próprios sentimentos em relação aos pacientes muito debilitados, pacientes terminais e à morte dos pacientes; e identificar qual é o impacto que palhaçaria tem para com os paciente, na ótica dos próprios palhaços. Como método, essa pesquisa está classificada como natureza qualitativa, com objetivo exploratório e delineada como estudo de caso. Ao todo, foram entrevistadas três pessoas que atuam como palhaços, dois deles há mais de dez anos e outra há três anos. Os resultados indicaram que o improviso e a criatividade durante as visitas aos hospitais é a base importante da atuação da palhaçaria, assim como o vínculo com os pacientes pode ser, tanto um facilitador como também um dificultador para os próprios palhaços durante a sua atuação. Conclui-se, portanto, que para todos os três entrevistados, a palhaçaria é para eles uma atividade que proporciona alívio e bem-estar ao outro através da escuta atenta e do olhar humanizado às pessoas atendidas, focando no sujeito que está presente, nas suas potencialidades e não na sua enfermidade, possibilitando uma maior aproximação com o paciente, como também, proporcionando algo diferente da rotina do hospital.