Paulo Freire, Frantz Fanon e a Educação Física popular decolonial: uma autoetnografia na escola pública

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Cláudio Aparecido de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/20570
Resumo: A Educação Física popular decolonial descrita neste trabalho é um conceito que tem inspiração nas teorias filosófica e educacional de Paulo Freire e Frantz Fanon, especialmente no que tange à Educação popular e ao decolonialismo, e está amparada pela concepção crítica. O objetivo da presente tese foi: Compreender como o referencial teórico de Paulo Freire, Frantz Fanon e a cultura têm influenciado a minha formação humana e a concretização da prática pedagógica da Educação Física popular decolonial na escola pública. Como opção metodológica, utilizei a autoetnografia em uma escola pública municipal da rede municipal de Santo André (SP), tendo como base os preceitos decoloniais, permitindo exercitar e refletir sobre uma maneira de construir o inédito viável na pesquisa em Educação Física. Para analisar as informações, recorri à análise temática, por permitir que acontecesse a interpretação de vários aspectos do tema de pesquisa, como, por exemplo, as reflexões sobre minhas vivências no cotidiano escolar e as possibilidades de transformações didáticas. Para analisar minha própria prática, utilizei a autoscopia, pois permitiu identificar o detalhamento dos acontecimentos das aulas de um modo mais dinâmico e reflexivo. Acredito que esta tese de doutoramento possibilitou observar que a cultura docente e a cultura escolar influenciaram a prática pedagógica em Educação Física, por meio da explicitação do “sertanejo” e da “criação dos alunos”. A análise dos examinadores críticos permitiu reconhecer que o trabalho pedagógico se aproximou e se distanciou da Educação popular e do decolonialismo, fornecendo indícios de que nenhuma prática é totalmente unânime, com suas pretensões e pautadas só em coerências. Espero que essa pesquisa não seja uma maneira de proporcionar práticas a partir de minha indicação, como se fosse uma receita. Meu intuito é fornecer alternativas político-pedagógicas para que as professoras, professores de Educação Física e as/os estudantes sejam as/os protagonistas e tenham autonomia para construir o planejamento na efetivação das práticas corporais. Almejo que a prática pedagógica reconheça as diferenças culturais, raciais, de gênero e social, para que as/os estudantes, na condição de inacabamento, possam transformar sua realidade social, em prol do “Ser Mais”, como pessoas solidárias e conscientes de que a justiça social é alcançada por intermédio da justiça cognitiva, decorrente de muita luta e esperança nos sonhos coletivos possíveis.
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