IDENTIFICAÇÃO DE EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ E SUA RELAÇÃO COM OS MODOS CLIMÁTICOS ATUANTES NOS OCEANOS PACÍFICO E ATLÂNTICO
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Climatologia (Online) |
DOI: | 10.5380/abclima.v27i0.64630 |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/64630 |
Resumo: | Durante as últimas duas décadas, os extremos climáticos têm sido recorrentes na Amazônia, como secas intensas e períodos chuvosos mais prolongados que o normal, os quais invariavelmente exercem impactos na população e em diversos setores da economia. Por esse motivo, o presente estudo tem como objetivo investigar quantitativamente a frequência dos extremos climáticos secos (ExtSEC) e chuvosos (ExtCHU) através do cálculo do Standard Precipitation Index (SPI) nos dados de precipitação do satélite TRMM para os 143 municípios do estado do Pará no período de 1998 a 2015. Adicionalmente, analisam-se os modos climáticos tropicais dos Oceanos Pacífico e Atlântico associados à ocorrência dos distintos eventos extremos de precipitação. Os resultados indicaram que, em termos anuais, a ocorrência dos ExtCHU é relativamente maior (8 a 12%) do que os ExtSEC (2 a 8%). Em termos sazonais, os ExtCHU se distribuem regularmente ao longo dos quatro trimestres do ano, enquanto os ExtSEC ocorrem preferencialmente nos trimestres de DJF e MAM, sendo que em JJA se restringem ao setor nordeste e em SON predominam nos municípios situados no oeste/sul/sudeste do estado. As análises de composições revelaram que o modo climático El Niño no Oceano Pacífico e o modo gradiente do Atlântico com anomalias de TSM positivas na bacia norte e negativas na bacia sul provocam a inibição da atividade convectiva da ZCIT e explicam a ocorrência dos eventos de extremos secos em grande parte do estado. Inversamente, a presença concomitante da La Niña no Pacífico e do modo gradiente do Atlântico com TSM anomalamente negativa ao norte e positiva ao sul, intensificam os eventos da ZCIT na região e originam os extremos chuvosos na maior parte dos municípios do Pará. |
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IDENTIFICAÇÃO DE EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ E SUA RELAÇÃO COM OS MODOS CLIMÁTICOS ATUANTES NOS OCEANOS PACÍFICO E ATLÂNTICOExtremos climáticos, TRMM, Amazônia Oriental, Modos de VariabilidadeDurante as últimas duas décadas, os extremos climáticos têm sido recorrentes na Amazônia, como secas intensas e períodos chuvosos mais prolongados que o normal, os quais invariavelmente exercem impactos na população e em diversos setores da economia. Por esse motivo, o presente estudo tem como objetivo investigar quantitativamente a frequência dos extremos climáticos secos (ExtSEC) e chuvosos (ExtCHU) através do cálculo do Standard Precipitation Index (SPI) nos dados de precipitação do satélite TRMM para os 143 municípios do estado do Pará no período de 1998 a 2015. Adicionalmente, analisam-se os modos climáticos tropicais dos Oceanos Pacífico e Atlântico associados à ocorrência dos distintos eventos extremos de precipitação. Os resultados indicaram que, em termos anuais, a ocorrência dos ExtCHU é relativamente maior (8 a 12%) do que os ExtSEC (2 a 8%). Em termos sazonais, os ExtCHU se distribuem regularmente ao longo dos quatro trimestres do ano, enquanto os ExtSEC ocorrem preferencialmente nos trimestres de DJF e MAM, sendo que em JJA se restringem ao setor nordeste e em SON predominam nos municípios situados no oeste/sul/sudeste do estado. As análises de composições revelaram que o modo climático El Niño no Oceano Pacífico e o modo gradiente do Atlântico com anomalias de TSM positivas na bacia norte e negativas na bacia sul provocam a inibição da atividade convectiva da ZCIT e explicam a ocorrência dos eventos de extremos secos em grande parte do estado. Inversamente, a presença concomitante da La Niña no Pacífico e do modo gradiente do Atlântico com TSM anomalamente negativa ao norte e positiva ao sul, intensificam os eventos da ZCIT na região e originam os extremos chuvosos na maior parte dos municípios do Pará.Universidade Federal do ParanáFerreira, Douglas Batista da Silvade Souza, Everaldo Barreirosde Oliveira, Juarez Ventura2020-07-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/6463010.5380/abclima.v27i0.64630Revista Brasileira de Climatologia; v. 27 (2020)2237-86421980-055X10.5380/abclima.v27i0reponame:Revista Brasileira de Climatologia (Online)instname:ABClimainstacron:ABCLIMAporhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/64630/41266Direitos autorais 2020 Douglas Batista da Silva Ferreira, Everaldo Barreiros de Souzainfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-30T19:08:34Zoai:revistas.ufpr.br:article/64630Revistahttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/indexPUBhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/oaiegalvani@usp.br || rbclima2014@gmail.com2237-86421980-055Xopendoar:2020-07-30T19:08:34Revista Brasileira de Climatologia (Online) - ABClimafalse |
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