O IMPACTO DA ATIVIDADE DA CSA NA QUALIDADE DO AR NA BACIA AÉREA 1 DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias, Heitor Soares de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Climatologia (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/56249
Resumo: Devido às intensas transformações no uso do solo e estrutura urbana, na cidade estão localizadas várias formas de poluição, entre elas a atmosférica que muitas vezes escapa completamente à percepção imediata, permanecendo invisível até mesmo à legislação, o que aumenta o risco de causar danos irreversíveis à saúde da população (BECK, 2010). É o que ocorre na região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) que passa por um processo de expansão industrial, principalmente nos municípios da borda oeste (Itaguaí, Seropédica e mesmo a Zona Oeste da capital), área com intensa emissão de material particulado inalável (58% de toda a RMRJ), em consequência das características das atividades aí desenvolvidas (INEA, 2009). Além disso, a diversidade de seu sítio, a planície de Sepetiba entre a Serra do Mar, o maciço da Pedra Branca e a Baía de Sepetiba, faz com a dispersão de poluentes seja ineficiente nesta área conhecida como Bacia Aérea I. Assim, este trabalho analisou os dados de material particulado inalável de estações de qualidade do ar do INEA, localizadas na Bacia Aérea I, acompanhando o comportamento da concentração e dispersão dos poluentes nos últimos anos. Os resultados mostraram que estações próximas ao distrito industrial de Santa Cruz registraram aumento nas concentrações de partículas inaláveis após o início das atividades da Compania Siderúrgica do Atlântico (CSA), chegando a violar e muito, no ano de 2013, os padrões de qualidade do ar estabelecidos na Resolução Conama nº3 (BRASIL, 1990), principalmente ao sul dos empreendimentos, devido à direção dos ventos predominantes. Desta maneira conclui-se que o bairro de Santa Cruz, nas proximidades da estação Largo do Bodegão, configura-se como uma área de risco à saúde humana devido aos déficits sociais presentes na região, à presença dos empreendimentos que deterioram a qualidade do ar e a falta de informação que alerte a população sobre os riscos.
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