SECA E A SAÚDE DAS POPULAÇÕES RESIDENTES EM REGIÕES DA AMAZÔNIA BRASILEIRA NOS ANOS DE 2005, 2010 E 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Ana Carla dos Santos
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Costa, Gabriel Brito, Silva, Julio Tóta da, Coutinho, Maytê Duarte Leal, Costa, Micejane da Silva, Fitzjarrald, David Roy
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Climatologia (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/50256
Resumo: O objetivo deste trabalho é verificar os impactos ocasionados pelos três últimos eventos de seca na saúde da população de catorze municípios na Amazônia, agrupados em quatro grupos com características pluviométricas homogêneas. Utilizaram-se dados diários e mensais de precipitação e temperatura do ar disponibilizado pelo Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia e de internações por doenças respiratórias do Sistema Único de Saúde, DATASUS, do período de 2000 a 2015. Levando-se em consideração as especificidades dos dados em estudo utilizou-se a modelagem via Equações de Estimação Generalizada para captar associações significativas e o risco relativo de aumento da ocorrência das internações da população exposta a ausência de chuva. Os resultados mostraram que as estações que muito sofreram com a seca de 2005 (região A) localizada a sudoeste da Amazônia também foram pouco afetadas negativamente pelo evento de 2015. Embora o evento de seca de 2010 tenha sido mais extenso espacialmente do que 2005, o efeito da diminuição das chuvas a partir dos dados observados de um evento pra outro só se mostrou perceptível nas estações da região B, mais ao centro da Amazônia. Já a seca de 2015 teve maior impacto nas estações das regiões C e D. As populações consideradas mais vulneráveis por meio dos riscos captados pelo modelo foram Itaituba (região C), Monte Alegre e Porto de Moz (região D). Conclui-se que ao comparar as regiões percebe-se que os três eventos de seca afetam de forma diferente os quatros grupos, o que provavelmente está associado ao efeito diferencial dos mecanismos causadores das secas nas diferentes áreas da Amazônia. 
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