ENSAIO DE RESPIRAÇÃO EDÁFICA PARA AVALIAR O EFEITO DE TEMPERATURA E UMIDADE DO SOLO COMO VARIÁVEIS CLIMÁTICAS NA EMISSÃO DE CO2 EM ESPODOSSOLO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes da Silva, Marco Antônio
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Garcia de Faria, Gislaine, Angelo Pereira, Leandro, Tonetti, Emerson Luís, dos Santos, Everaldo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Climatologia (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/73500
Resumo: O trabalho teve como objetivo avaliar a respiração edáfica, por meio da emissão do gás carbônico (CO2), que é um gás de efeito estufa (GEE), em amostras de Espodossolo incubadas a diferentes temperaturas e umidades, e relacionar estas com o metabolismo da microbiota do solo tendo como referência os futuros cenários climáticos. O experimento foi conduzido em microcosmo com amostras de solo coletadas em uma parcela de 10x10 metros na profundidade de 0-10 cm em 5 diferentes pontos com quatro repetições. O solo submetido ao experimento foi da classe Espodossolo de uma área de reserva legal sob vegetação Ombrófila Densa das Terras Baixas. O solo coletado foi tamisado em peneira de 2 mm para incubação e determinação da respiração edáfica pela microbiota. Uma alíquota de 10 g de solo foi retirada para determinar a umidade gravimétrica e determinação das diferentes umidades de incubação. As temperaturas de incubação foram determinadas com referência no climograma da região e 5ºC a mais, de acordo com um dos possíveis cenários previstos com a Mudança do Clima. As amostras foram incubadas em duplicata para cada tratamento em repetições com 18ºC e 9% umidade, 18ºC e 20% umidade, 30ºC e 9% umidade e 30ºC a 20% de umidade em quatro diferentes períodos (168 h; 336 h; 504 e 672 h). A cada semana ou 168 horas foi realizada uma leitura da respiração pelo método indireto por titulação para avaliar a emissão de CO2. As amostras foram analisadas estatisticamente para determinação da análise de variância. Os resultados da emissão de C-CO2 sugerem que a atividade da microbiota edáfica foi influenciada pela temperatura mais baixa associada a umidade mais alta. O experimento em microcosmo sugere que o possível aumento no regime de chuvas no período de menor temperatura do ano, como um dos cenários relacionados a Mudança do Clima para Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas sobre Espodossolo na planície litorânea do Paraná, pode alterar a emissão de C-CO2.
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