ANÁLISE DO TRANSPORTE DAS EMISSÕES DE MONÓXIDO DE CARBONO (CO) NO ESTADO DO PARÁ
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Climatologia (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/60156 |
Resumo: | Entender o comportamento das emissões atmosféricas de gases traço, como o monóxido de carbono (CO), é extremamente importante para uma eficiente gestão ambiental no estado do Pará. A estação seca de 2010 foi caracterizada por baixas taxas de precipitação pluviométrica, especialmente em agosto e setembro quando foram registradas as menores chuvas. Durante este período, centenas focos de incêndios foram identificados, cuja quantidade aumentou à medida que a seca se intensificou. As simulações de CO mostraram que as emissões deste poluente, após serem enviadas para a atmosfera, foram submetidas às ações dos ventos horizontais e ao processo de turbulência vertical (condições de convecção local), atingindo outras regiões e altos níveis de altitude, abrangendo assim dimensões continentais. As simulações destacaram também as mesorregiões Nordeste, Sudeste e Sudoeste no estado do Pará com as maiores concentrações de CO, acarretando deterioração da qualidade do ar local, chegando a ultrapassar os padrões legais permitidos pela legislação ambiental brasileira, durante todo o período estudado. O perfil econômico do Estado, basicamente extrativista, com predominância dos setores agropecuário e florestal, que se caracterizam pelo desmatamento e queima da biomassa vegetal, bem como as atividades industriais, com o uso de combustíveis fósseis em seus processos produtivos, explicaram, em parte, a qualidade do ar das mesorregiões destacadas. Outra característica importante, que também possui forte responsabilidade na dispersão do CO, é o relevo do Estado, com predominância de terrenos com cotas topográficas modestas, e uma extensa planície sedimentar. Isto possibilitou uma significativa movimentação de poluentes atmosféricos vindos de outros Estados, e da entrada de massa de ar do oceano para o continente, trazendo elevadas concentrações de poluentes para a região e transportando-os para o oeste. |
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ANÁLISE DO TRANSPORTE DAS EMISSÕES DE MONÓXIDO DE CARBONO (CO) NO ESTADO DO PARÁMonóxido de Carbono (CO), Transporte, Dispersão, Modelo Numérico CATT-BRAMSEntender o comportamento das emissões atmosféricas de gases traço, como o monóxido de carbono (CO), é extremamente importante para uma eficiente gestão ambiental no estado do Pará. A estação seca de 2010 foi caracterizada por baixas taxas de precipitação pluviométrica, especialmente em agosto e setembro quando foram registradas as menores chuvas. Durante este período, centenas focos de incêndios foram identificados, cuja quantidade aumentou à medida que a seca se intensificou. As simulações de CO mostraram que as emissões deste poluente, após serem enviadas para a atmosfera, foram submetidas às ações dos ventos horizontais e ao processo de turbulência vertical (condições de convecção local), atingindo outras regiões e altos níveis de altitude, abrangendo assim dimensões continentais. As simulações destacaram também as mesorregiões Nordeste, Sudeste e Sudoeste no estado do Pará com as maiores concentrações de CO, acarretando deterioração da qualidade do ar local, chegando a ultrapassar os padrões legais permitidos pela legislação ambiental brasileira, durante todo o período estudado. O perfil econômico do Estado, basicamente extrativista, com predominância dos setores agropecuário e florestal, que se caracterizam pelo desmatamento e queima da biomassa vegetal, bem como as atividades industriais, com o uso de combustíveis fósseis em seus processos produtivos, explicaram, em parte, a qualidade do ar das mesorregiões destacadas. Outra característica importante, que também possui forte responsabilidade na dispersão do CO, é o relevo do Estado, com predominância de terrenos com cotas topográficas modestas, e uma extensa planície sedimentar. Isto possibilitou uma significativa movimentação de poluentes atmosféricos vindos de outros Estados, e da entrada de massa de ar do oceano para o continente, trazendo elevadas concentrações de poluentes para a região e transportando-os para o oeste.Universidade Federal do ParanáCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorda Paixão, Lúcia CardosoCattanio, José HenriqueKuhn, Paulo2019-07-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/6015610.5380/abclima.v24i0.60156Revista Brasileira de Climatologia; v. 24 (2019)2237-86421980-055X10.5380/abclima.v24i0reponame:Revista Brasileira de Climatologia (Online)instname:ABClimainstacron:ABCLIMAporhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/60156/38781https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/downloadSuppFile/60156/35090Amazônia - estado do Pará, BrasilhistóricaModelamento Numérico com dados armazenados pelo laboratório de Modelagem da Amazônia - UFPADireitos autorais 2019 Lúcia Cardoso da Paixãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-07-10T20:54:32Zoai:revistas.ufpr.br:article/60156Revistahttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/indexPUBhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/oaiegalvani@usp.br || rbclima2014@gmail.com2237-86421980-055Xopendoar:2019-07-10T20:54:32Revista Brasileira de Climatologia (Online) - ABClimafalse |
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