CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS PRECIPITAÇÕES ACUMULADAS INTENSAS NO ALTO URUGUAI GAÚCHO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Climatologia (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/38074 |
Resumo: | No mês de junho de 2014, a sequência de oito dias de chuvas ininterruptas promoveu uma série de transtornos (inundações, deslizamentos de terra, interdição de estradas) à parte da população dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O trabalho objetiva identificar a ocorrência de eventos acumulados intensos de precipitação na região do alto Uruguai gaúcho, bem como seus mecanismos sinóticos responsáveis por esses acumulados de chuva. Dados diários de precipitação foram acumulados em grupos de cinco dias (pêntadas), perfazendo o total de 73 pêntadas anuais, no decorrer dos 53 anos da série (1961-2014). A aplicação do percentil 99 ao conjunto de dados determinou o valor do acumulado intenso (157,4 mm). Com base nesse valor foram calculadas a Frequência Absoluta, Frequência Relativa e o Tempo de Retorno desses acumulados intensos. Os resultados demonstraram que, dos dez eventos acumulados mais intensos, 70% ocorreram entre as pêntadas 30 e 47. Os eventos dos anos de 2014 e 1992 foram os mais intensos, acumulando, respectivamente, 366,7 mm e 328,0 mm. Os resultados demonstraram que os acumulados pluviométricos intensos entre 200 e 250 mm possuem um tempo de retorno de cerca de cinco anos. Já a análise sinótica desses eventos revelou que tais eventos são consequência da formação de frentes estacionárias e semiestacionárias com duração mínima de 36 horas. Nos eventos de maior intensidade, o tempo de permanência do sistema frontal e estacionário foi de 120 horas, para 2014 e, 32 horas para 1992. Dessa forma, verifica-se que eventos acumulados intensos têm sido frequentes no decorrer dos 53 anos da série, podendo, estes, estarem relacionados às mudanças climáticas, sobretudo pela intensificação dos casos nos últimos anos (1992 e 2014). |
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CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS PRECIPITAÇÕES ACUMULADAS INTENSAS NO ALTO URUGUAI GAÚCHOPêntadas; Eventos intensos; Testes estatísticos; Cartas sinóticasNo mês de junho de 2014, a sequência de oito dias de chuvas ininterruptas promoveu uma série de transtornos (inundações, deslizamentos de terra, interdição de estradas) à parte da população dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O trabalho objetiva identificar a ocorrência de eventos acumulados intensos de precipitação na região do alto Uruguai gaúcho, bem como seus mecanismos sinóticos responsáveis por esses acumulados de chuva. Dados diários de precipitação foram acumulados em grupos de cinco dias (pêntadas), perfazendo o total de 73 pêntadas anuais, no decorrer dos 53 anos da série (1961-2014). A aplicação do percentil 99 ao conjunto de dados determinou o valor do acumulado intenso (157,4 mm). Com base nesse valor foram calculadas a Frequência Absoluta, Frequência Relativa e o Tempo de Retorno desses acumulados intensos. Os resultados demonstraram que, dos dez eventos acumulados mais intensos, 70% ocorreram entre as pêntadas 30 e 47. Os eventos dos anos de 2014 e 1992 foram os mais intensos, acumulando, respectivamente, 366,7 mm e 328,0 mm. Os resultados demonstraram que os acumulados pluviométricos intensos entre 200 e 250 mm possuem um tempo de retorno de cerca de cinco anos. Já a análise sinótica desses eventos revelou que tais eventos são consequência da formação de frentes estacionárias e semiestacionárias com duração mínima de 36 horas. Nos eventos de maior intensidade, o tempo de permanência do sistema frontal e estacionário foi de 120 horas, para 2014 e, 32 horas para 1992. Dessa forma, verifica-se que eventos acumulados intensos têm sido frequentes no decorrer dos 53 anos da série, podendo, estes, estarem relacionados às mudanças climáticas, sobretudo pela intensificação dos casos nos últimos anos (1992 e 2014).Universidade Federal do ParanáSanches, Fabio de OliveiraBalen, Darline SimoniSilva, Roberto Valmir daRosa, Kátia Kellem daRadünz, André Luiz2015-04-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/3807410.5380/abclima.v15i0.38074Revista Brasileira de Climatologia; v. 15 (2015)2237-86421980-055X10.5380/abclima.v15i0reponame:Revista Brasileira de Climatologia (Online)instname:ABClimainstacron:ABCLIMAporhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/38074/25018Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-04-20T13:06:10Zoai:revistas.ufpr.br:article/38074Revistahttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/indexPUBhttps://revistas.ufpr.br/revistaabclima/oaiegalvani@usp.br || rbclima2014@gmail.com2237-86421980-055Xopendoar:2015-04-20T13:06:10Revista Brasileira de Climatologia (Online) - ABClimafalse |
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