Conflitos Éticos Vivenciados por Estudantes de Medicina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022017000100162 |
Resumo: | RESUMO O atual estudo teve como objetivo identificar e analisar a prevalência de conflitos éticos vivenciados por estudantes de Medicina. Este estudo trata-se de pesquisa com delineamento transversal e analítico e que foi conduzida em uma escola pública do estado de Minas Gerais, Brasil. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário autoaplicado. Os dados coletados foram apresentados em valores absolutos e percentuais. Para o tratamento estatístico analítico dos dados considerou-se o nível de significância p<0,05. As variáveis desfecho foram: Vivência de conflitos éticos em relações interpessoais no âmbito do curso médico e Condutas éticas na assistência em saúde. A identificação da prevalência dos conflitos éticos na graduação adotou a perspectiva das diferentes relações interpessoais (acadêmico-docente, acadêmico-acadêmico, acadêmico-funcionário, acadêmico-paciente, docente-docente, docente-paciente, docente-funcionário e funcionário-paciente) e condutas na assistência médica (importância de identificar-se ao usuário dos serviços de saúde e dele solicitar consentimento para realizar o exame físico, assistência sem supervisão do docente, emissão de documentos de saúde sem assinatura do profissional responsável e uso de redes sociais para compartilhar dados de paciente). Foi verificada associação das variáveis desfecho com sexo, ano da graduação e avaliação do curso. Participaram da pesquisa 281 acadêmicos matriculados em todos os anos da graduação em Medicina, de ambos os sexos, sendo predominante o sexo feminino(52,7%). Os estudantes relataram ter vivenciado situações conflituosas nas relações interpessoais com os professores (59,6%), prestaram assistência sem a devida supervisão de um professor (62,6%), afirmaram ter emitido documentos de saúde sem o acompanhamento de professores (18,5%), sendo a maior frequência observada entre aqueles matriculados nos anos mais avançados da graduação (p<0,05). O uso das redes sociais com a finalidade de compartilhar os dados de pacientes (25,1%) foi prevalente nos anos mais avançados da graduação em medicina e entre os que avaliaram o curso como regular (p<0,05). Conclui-se que os estudantes de graduação em Medicina vivenciaram conflitos éticos durante a sua formação médica, com prevalência de vivência dos conflitos nos anos mais avançados do referido curso. Nessa perspectiva, faz-se necessário propiciar um espaço de discussão e de reflexão coletiva acerca dos problemas éticos vivenciados pelos estudantes, ao longo da graduação em Medicina, a fim de se construir um agir profissional eticamente correto. |
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