Abordando a Relação Clínica e a Comunicação de Notícias Difíceis com o Auxílio das Artes e dos Relatos Vivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gularte,Natiele Dutra Gomes
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Velho,Maria Teresa Aquino de Campos, Gonçalves,Kelly Carvalho Silveira, Beschoren,Nagele Fatica
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000400131
Resumo: RESUMO Introdução A Relação Clínica (RC) é um termo mais abrangente do que relação médico-paciente e, atualmente, tem sido utilizado para descrever o contato da equipe de saúde com o paciente e seus familiares, além da interação da equipe entre si. Para estabelecer relações interpessoais satisfatórias, é importante reunir habilidades de comunicação e empatia, que têm um papel-chave na RC. No entanto, tais temas acabam sendo pouco discutidos durante a formação médica, em detrimento de um estudo mais focado em doenças e tratamentos. Rígidos protocolos e diretrizes têm tomado grande espaço dos currículos de graduação médica, deixando menos tempo para a discussão de temas mais abstratos, relacionados às humanidades e à subjetividade dos pacientes, visão que faz parte da realidade das pessoas. Objetivos Propiciar espaços e referenciais teóricos para a discussão de temas menos abordados no currículo médico e incentivar a importância da comunicação e empatia nos processos de saúde/doença. Métodos Diante da importância de proporcionar aos alunos de Medicina vivências humanizadoras, propusemos a realização de oficinas teórico-práticas e conduzimos uma pesquisa qualitativa com o intuito de avaliar a percepção dos estudantes sobre o ensino-aprendizagem de temas do escopo da RC. Ao todo, participaram do projeto 33 alunos a partir do quarto semestre do curso de Medicina, por adesão voluntária, após convite distribuído via correio eletrônico. Foram ofertadas seis oficinas teórico-práticas, executadas em um trabalho com grupos pequenos e abordando temas como: empatia, luto, cuidados paliativos, final de vida e comunicação de notícias difíceis. As técnicas para coleta dos dados foram a realização de dois grupos focais ao final dos seis encontros e a observação participante, cujos apontamentos eram tomados num diário de campo. Resultados A análise de conteúdo (Bardin, 2011) foi o método escolhido para estudo dos resultados, após transcritas e analisadas as falas dos grupos. No final da análise, emergiram quatro categorias principais (e cinco subcategorias), das quais destacamos duas que serão discutidas neste artigo: “A arte, o cinema e a literatura evocam os sentimentos: buscando o humanismo” e “As notícias difíceis na visão dos pacientes – as experiências vivas”. Para isso, foram utilizadas metodologias ativas, como trabalho em pequenos grupos, uso de vídeos e trechos de filmes, músicas, relatos, leitura de textos e rodas de conversas. Conclusão Os depoimentos dos participantes demonstraram satisfação com as temáticas e metodologias propostas. Dessa forma, analisamos o auxílio de tais técnicas para sensibilizar os alunos, levando-os a refletir sobre a importância da empatia e da comunicação no atuar dos médicos e equipe de saúde, desenvolvendo habilidades de relação interpessoal.
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