Avaliação dos níveis de ansiedade e seus fatores associados em estudantes internos de Medicina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira,Érika Guimarães
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Matos,Nathália Camargo de, Machado,Jordana Nascimento, Araújo,Luciana Benevides de, Silva,Antonio Márcio Teodoro Cordeiro, Almeida,Rogério José de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022021000100212
Resumo: Resumo: Introdução: O período do internato para um estudante de Medicina é complexo e demanda atenção das escolas médicas em relação à saúde mental desses médicos em formação. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os fatores associados aos níveis de ansiedade em estudantes internos de Medicina. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa. Aplicaram-se dois questionários: um com dados sociodemográficos, pessoais e clínicos, e o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Resultados: Foram incluídos na pesquisa 140 estudantes internos de um curso de Medicina. A maioria tinha até 24 anos (67,9%) e 70,7% eram do sexo feminino. Dos participantes, 54,2% eram solteiros, 31% eram adeptos de uma religião e 68,3% moravam com familiares. Na comparação dos aspectos sociodemográficos com os níveis de ansiedade, identificou-se, no sexo feminino, uma frequência bem maior de ansiedade leve e moderada do que no sexo masculino (p = 0,0133). Aspectos pessoais e clínicos comparados com os níveis de ansiedade mostraram uma frequência maior de ansiedade em estudantes que afirmaram realizar terapia psiquiátrica ou psicológica (p = 0,0110). Ter insônia esteve relacionado com ansiedade de moderada a severa (p < 0,0001). A utilização de substâncias que alteram o sono foi associada com maior frequência a todos os níveis de ansiedade (p = 0,0099). A satisfação com o rendimento acadêmico teve menor relação com os níveis de ansiedade (p = 0,0017). Entretanto, maiores frequências de ansiedade de moderada a severa e ansiedade severa foram encontradas nos alunos que afirmaram ter pensado em abandonar o curso de Medicina (p = 0,0239). Conclusão: O presente estudo revelou os aspectos sociodemográficos, pessoais e clínicos, e, consequentemente, os fatores de risco que estão mais associados ao nível de ansiedade em estudantes internos de Medicina. Ademais, expõem-se as consequências que os níveis de ansiedade podem provocar em um indivíduo, sendo imprescindível a adoção de medidas para combater e prevenir o desenvolvimento de sintomas ansiosos.
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