Depressão, estigma e preconceito: o que pensam os estudantes de Medicina?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soeiro,Ana Cristina Vidigal
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Flexa,Carla Victória Barbosa, Ferro,Gustavo Batista, Lima,Igor Lucas Farias, Porto,João Pedro Pires
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022022000300210
Resumo: Resumo: Introdução: A depressão é um grave problema de saúde pública, e o Brasil é o país com maior número de registros na América Latina. Entretanto, tal panorama ainda precisa ser mais problematizado no campo da educação médica, de modo a estimular o efetivo enfrentamento dos fatores que impactam a saúde mental dos estudantes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi conhecer a percepção dos estudantes de Medicina sobre a depressão, com ênfase no estigma e preconceito associados ao tema. Método: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e quantitativo, realizado com a utilização de questionário em formato on-line. O estudo teve aprovação prévia de Comitê de Ética em Pesquisa e contou com a participação de 131 discentes do curso de Medicina, matriculados nos ciclos básico, clínico e de internato. Resultado: A maioria dos acadêmicos definiu a depressão como uma doença (99,2%). Do total, apenas sete (5,3%) classificaram como excelentes os conhecimentos sobre a temática, ainda que a maioria tenha tido contato com o tema na graduação, principalmente no primeiro e terceiro anos. Também foi observada alta concordância com afirmativas relacionadas ao preconceito, ao estigma e à discriminação atribuídos a pessoas acometidas por depressão, além da interferência desses fatores na busca por ajuda profissional. Ademais, a depressão foi considerada uma condição negligenciada no ambiente acadêmico, o que se expressa na dificuldade de compartilhamento dos problemas enfrentados pelos estudantes, especialmente com professores e colegas de curso. Conclusão: A percepção dos estudantes demonstra que o estigma e preconceito relacionados à depressão se refletem no contexto da educação médica, havendo necessidade de intervenções que favoreçam um ambiente mais acolhedor aos alunos que enfrentam problemas dessa natureza.
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