Educação interprofessional na formação em saúde no Brasil: scoping review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prevedello,Alexandra Secreti
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Góes,Fernanda dos Santos Nogueira de, Cyrino,Eliana Goldfarb
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022022000300303
Resumo: Resumo: Introdução: A educação interprofissional (EIP) pode ser um caminho para aprimorar o cuidado em saúde ao promover oportunidades para que estudantes desenvolvam competências para trabalho em equipe, prática colaborativa e integralidade do cuidado; contudo, os efeitos da implementação da EIP no Brasil precisam ser explorados. Objetivo: Este estudo teve como objetivo mapear a produção científica brasileira sobre a aprendizagem de alunos de cursos da saúde no contexto da EIP, os desafios e os avanços para formadores e gestão. Método: Trata-se de uma scoping review para responder à seguinte questão: “Como tem ocorrido a aprendizagem de estudantes brasileiros em processos formativos que utilizam a abordagem da EIP na visão do estudante, formador e gestor?”. A busca ocorreu nas bases Web of Science, Periódicos Capes, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde, com o descritor/palavra-chave “educação interprofissional”. Buscaram-se trabalhos de 2010 a 2020, publicados em português, inglês ou espanhol, em que o Brasil foi o país de publicação ou de origem do estudo. Identificaram-se 145 estudos, dos quais 53 eram duplicados. Analisaram-se 92, e 28 compuseram a amostra final. Os achados foram organizados em “EIP na perspectiva do estudante”; “Formadores na ótica da EIP”; “Avanços e desafios na gestão de ensino e saúde”; “Recomendações para EIP no contexto brasileiro”. Resultado: O público-alvo envolveu estudantes, residentes, formadores e equipe de saúde, totalizando 2.886 participantes. A aprendizagem na lógica da EIP permite ao estudante reconhecer a integralidade da assistência ao paciente e o SUS como norteador das ações de saúde. Os formadores são relevantes no desenvolvimento do trabalho colaborativo, mas têm pouca capacitação pedagógica, pouca motivação e pouco apoio institucional. A gestão compreende a EIP como ferramenta complementar no apoio a outras reformas brasileiras, contudo esforços são necessários para a integração ensino-serviço-comunidade e a promoção do currículo integrado. Conclusão: Quando se realizou o mapeamento sobre EIP, identificou-se que os estudos estão alinhados com o SUS para a transformação da formação e a qualificação do cuidado, demonstrando a potencialidade da EIP para os currículos da saúde. A aprendizagem de alunos, mediada pela interprofissionalidade, tem facilitado o desenvolvimento das competências requeridas, de modo a atender às DCN e às necessidades do SUS, apesar dos diversos desafios enfrentados pelos estudantes, formadores e gestores.
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