Conhecimento dos acadêmicos de Medicina e médicos sobre cuidados paliativos: aplicação do questionário BPW

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Nathália Carolinne Rabêlo de
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Oliveira,Juliana Yasmim Mendonça Leão de, Campanholo,Luma de Oliveira, Fernandes,Viviane Lemos Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022022000400205
Resumo: Resumo: Introdução: Os cuidados paliativos (CP) possibilitam a interação da equipe multidisciplinar e proporcionam qualidade de vida e alívio da dor, ao considerarem o biopsicossocial e a espiritualidade do indivíduo, de modo a não adiar ou acelerar a morte. Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar o nível de compreensão dos acadêmicos de Medicina e médicos sobre os CP. Método: A primeira amostra foi constituída de 73 acadêmicos distribuídos entre os 12 períodos do curso de Medicina. A segunda população amostral englobou três médicos sem a prática dos CP. A coleta de dados fundamentou-se na aplicação da versão portuguesa do questionário Bonn Palliative Care Knowledge Test (BPW) do Porto. O arquivo é composto por duas seções: a primeira contém 23 questões, e a segunda, 15, incluindo quatro opções de resposta (correta, razoavelmente correta, pouco correta e incorreta). Como suporte para a aplicação virtual, utilizou-se a plataforma do Google Forms. Os participantes foram informados, por meio de mensagem de texto e também de forma presencial, no caso dos profissionais, sobre do motivo da pesquisa e as questões éticas. Resultado: A compreensão dos CP foi variável, principalmente entre os estudantes, já que alguns tópicos apresentaram maior divergência entre as respostas do que outros. Os acadêmicos (84,9%) e médicos (66,6%) demonstraram ter conhecimento sobre a possibilidade de combinar os CP com tratamentos curativos. Somente 9,1% dos acadêmicos marcaram como inadequada a gestão da dor com opioide transdérmico. Quanto aos médicos, não houve nenhuma menção a isso. Ademais, 95,9% dos estudantes e 100% dos profissionais reconheceram que é possível aprender habilidades interpessoais, como a comunicação. Com relação à identificação e discussão dos problemas reais no ambiente social da pessoa em CP, 100% dos médicos e apenas 50,7% dos acadêmicos afirmaram que são capazes de tal ação. Conclusão: É necessária a capacitação teórica e prática desses indivíduos por meio da inclusão da disciplina de CP de modo individualizado, desde os primeiros períodos do curso de Medicina e também em outros cursos da saúde, visto que a equipe multidisciplinar é essencial para a concretização desse cuidado holístico.
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