A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de estudos de população (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982005000200011 |
Resumo: | A população brasileira vivenciou, no final do século passado, rapidíssimo declínio da fecundidade. Sua taxa de fecundidade, em três décadas, passou de 5,8 para apenas 2,3! O artigo analisa as atitudes e posições dos estudiosos da população diante de tal fenômeno. Para entendêlas, há de se levar em conta o contexto internacional polarizado pelos blocos socialista e capitalista. Entre os cientistas sociais brasileiros predominava, em oposição aos neomalthusianos e à política americana, posição clara contra a presença do Estado no campo da reprodução. Tinham duas fortes convicções: 1) não havia, em geral, demanda por anticoncepção e 2) o ritmo do crescimento populacional e seu tamanho eram neutros, do ponto de vista do bem-estar social. O grande embate ideológico está ultrapassado. A transição da fecundidade no Brasil já avançou muito. No entanto, há segmentos de mulheres, as mais pobres, que ainda carecem de informação e de acesso aos meios para regular sua prole. Por outro lado, a sociedade não está tirando partido de algumas oportunidades geradas pelo declínio da fecundidade, nem se preparando para enfrentar os novos desafios, que são conseqüência desse mesmo declínio. Ainda predominam silêncios, entre demógrafos e estudiosos da população, sobre esses aspectos. |
id |
ABEP-1_0037fc6f1bb12a1ae6ed1d422f625259 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-30982005000200011 |
network_acronym_str |
ABEP-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de estudos de população (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silênciosTransição da fecundidadeControle da natalidadeNeomalthusianismoPlanejamento familiarA população brasileira vivenciou, no final do século passado, rapidíssimo declínio da fecundidade. Sua taxa de fecundidade, em três décadas, passou de 5,8 para apenas 2,3! O artigo analisa as atitudes e posições dos estudiosos da população diante de tal fenômeno. Para entendêlas, há de se levar em conta o contexto internacional polarizado pelos blocos socialista e capitalista. Entre os cientistas sociais brasileiros predominava, em oposição aos neomalthusianos e à política americana, posição clara contra a presença do Estado no campo da reprodução. Tinham duas fortes convicções: 1) não havia, em geral, demanda por anticoncepção e 2) o ritmo do crescimento populacional e seu tamanho eram neutros, do ponto de vista do bem-estar social. O grande embate ideológico está ultrapassado. A transição da fecundidade no Brasil já avançou muito. No entanto, há segmentos de mulheres, as mais pobres, que ainda carecem de informação e de acesso aos meios para regular sua prole. Por outro lado, a sociedade não está tirando partido de algumas oportunidades geradas pelo declínio da fecundidade, nem se preparando para enfrentar os novos desafios, que são conseqüência desse mesmo declínio. Ainda predominam silêncios, entre demógrafos e estudiosos da população, sobre esses aspectos.Associação Brasileira de Estudos Populacionais2005-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982005000200011Revista Brasileira de Estudos de População v.22 n.2 2005reponame:Revista brasileira de estudos de população (Online)instname:Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP)instacron:ABEP10.1590/S0102-30982005000200011info:eu-repo/semantics/openAccessCarvalho,José Alberto Magno deBrito,Faustopor2006-08-22T00:00:00Zoai:scielo:S0102-30982005000200011Revistahttps://rebep.org.br/revistahttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||editora@rebep.org.br1980-55190102-3098opendoar:2006-08-22T00:00Revista brasileira de estudos de população (Online) - Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios |
title |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios |
spellingShingle |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios Carvalho,José Alberto Magno de Transição da fecundidade Controle da natalidade Neomalthusianismo Planejamento familiar |
title_short |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios |
title_full |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios |
title_fullStr |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios |
title_full_unstemmed |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios |
title_sort |
A demografia brasileira e o declínio da fecundidade no Brasil: contribuições, equívocos e silêncios |
author |
Carvalho,José Alberto Magno de |
author_facet |
Carvalho,José Alberto Magno de Brito,Fausto |
author_role |
author |
author2 |
Brito,Fausto |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carvalho,José Alberto Magno de Brito,Fausto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transição da fecundidade Controle da natalidade Neomalthusianismo Planejamento familiar |
topic |
Transição da fecundidade Controle da natalidade Neomalthusianismo Planejamento familiar |
description |
A população brasileira vivenciou, no final do século passado, rapidíssimo declínio da fecundidade. Sua taxa de fecundidade, em três décadas, passou de 5,8 para apenas 2,3! O artigo analisa as atitudes e posições dos estudiosos da população diante de tal fenômeno. Para entendêlas, há de se levar em conta o contexto internacional polarizado pelos blocos socialista e capitalista. Entre os cientistas sociais brasileiros predominava, em oposição aos neomalthusianos e à política americana, posição clara contra a presença do Estado no campo da reprodução. Tinham duas fortes convicções: 1) não havia, em geral, demanda por anticoncepção e 2) o ritmo do crescimento populacional e seu tamanho eram neutros, do ponto de vista do bem-estar social. O grande embate ideológico está ultrapassado. A transição da fecundidade no Brasil já avançou muito. No entanto, há segmentos de mulheres, as mais pobres, que ainda carecem de informação e de acesso aos meios para regular sua prole. Por outro lado, a sociedade não está tirando partido de algumas oportunidades geradas pelo declínio da fecundidade, nem se preparando para enfrentar os novos desafios, que são conseqüência desse mesmo declínio. Ainda predominam silêncios, entre demógrafos e estudiosos da população, sobre esses aspectos. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982005000200011 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982005000200011 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0102-30982005000200011 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Estudos Populacionais |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Estudos Populacionais |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Estudos de População v.22 n.2 2005 reponame:Revista brasileira de estudos de população (Online) instname:Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) instacron:ABEP |
instname_str |
Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) |
instacron_str |
ABEP |
institution |
ABEP |
reponame_str |
Revista brasileira de estudos de população (Online) |
collection |
Revista brasileira de estudos de população (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de estudos de população (Online) - Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||editora@rebep.org.br |
_version_ |
1754302035730104320 |