Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Engenharia Sanitaria e Ambiental |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522020000600847 |
Resumo: | RESUMO Estações de tratamento de esgotos (ETEs) estão entre as principais fontes de disseminação de bactérias resistentes a antibióticos (BRAs) e genes de resistência (GRAs) no ambiente. Este trabalho quantificou a ocorrência de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol no esgoto bruto (EB), no efluente tratado (ET) e no lodo de duas ETEs em escala plena por um período de nove meses. As unidades investigadas utilizavam os seguintes sistemas de tratamento: ETE-A, sistema de lodos ativados convencional; e a ETE-B, reatores anaeróbios (UASB) seguidos de filtros biológicos percoladores (FBP). Os resultados evidenciaram que a ETE-A foi mais eficiente na redução das concentrações de bactérias resistentes à ampicilina e ao cloranfenicol (cerca de 1,1 e 0,7 log10UFC.mL−1 de remoção, respectivamente), quando comparada com a ETE-B (0,5log10 UFC.mL−1 de remoção para as bactérias resistentes ao cloranfenicol e nenhuma remoção para as resistentes à ampicilina). As amostras de lodo, de ambas ETEs, apresentaram elevadas concentrações de bactérias heterotróficas totais — BHTs (4,8–7,6 log10UFC.mL−1) e de BRAs (3,0–6,3 log10UFC.mL−1). A maioria das cepas resistentes à ampicilina e ao cloranfenicol isoladas foi identificada como sendo da família Enterobacteriaceae. Algumas das espécies identificadas são bactérias potencialmente patogênicas, tais como: Klebsiella pneumoniae, Aeromonas hydrophila, Escherichia coli, Enterococcus faecium, Salmonella spp. Os resultados chamam a atenção para a disseminação de BRAs, potencialmente patogênicas, no meio ambiente a partir do efluente final (proveniente do tratamento secundário) das ETEs, independentemente do tipo de sistema adotado. Fica evidente que para reduzir significativamente a concentração das BRAs no ET, este deveria passar por tratamento adicional e desinfecção. |
id |
ABES-1_3e3dc867669225ce0d07d4b451f41db1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1413-41522020000600847 |
network_acronym_str |
ABES-1 |
network_name_str |
Engenharia Sanitaria e Ambiental |
repository_id_str |
|
spelling |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto domésticoampicilinacloranfenicolbactérias cultiváveisresistência a antibióticoestação de tratamento de esgotoRESUMO Estações de tratamento de esgotos (ETEs) estão entre as principais fontes de disseminação de bactérias resistentes a antibióticos (BRAs) e genes de resistência (GRAs) no ambiente. Este trabalho quantificou a ocorrência de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol no esgoto bruto (EB), no efluente tratado (ET) e no lodo de duas ETEs em escala plena por um período de nove meses. As unidades investigadas utilizavam os seguintes sistemas de tratamento: ETE-A, sistema de lodos ativados convencional; e a ETE-B, reatores anaeróbios (UASB) seguidos de filtros biológicos percoladores (FBP). Os resultados evidenciaram que a ETE-A foi mais eficiente na redução das concentrações de bactérias resistentes à ampicilina e ao cloranfenicol (cerca de 1,1 e 0,7 log10UFC.mL−1 de remoção, respectivamente), quando comparada com a ETE-B (0,5log10 UFC.mL−1 de remoção para as bactérias resistentes ao cloranfenicol e nenhuma remoção para as resistentes à ampicilina). As amostras de lodo, de ambas ETEs, apresentaram elevadas concentrações de bactérias heterotróficas totais — BHTs (4,8–7,6 log10UFC.mL−1) e de BRAs (3,0–6,3 log10UFC.mL−1). A maioria das cepas resistentes à ampicilina e ao cloranfenicol isoladas foi identificada como sendo da família Enterobacteriaceae. Algumas das espécies identificadas são bactérias potencialmente patogênicas, tais como: Klebsiella pneumoniae, Aeromonas hydrophila, Escherichia coli, Enterococcus faecium, Salmonella spp. Os resultados chamam a atenção para a disseminação de BRAs, potencialmente patogênicas, no meio ambiente a partir do efluente final (proveniente do tratamento secundário) das ETEs, independentemente do tipo de sistema adotado. Fica evidente que para reduzir significativamente a concentração das BRAs no ET, este deveria passar por tratamento adicional e desinfecção.Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES2020-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522020000600847Engenharia Sanitaria e Ambiental v.25 n.6 2020reponame:Engenharia Sanitaria e Ambientalinstname:Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES)instacron:ABES10.1590/s1413-4152202020180001info:eu-repo/semantics/openAccessMachado,Elayne CristinaLeal,Cíntia DutraCoelho,Bruna LopesChernicharo,Carlos Augusto de LemosAraújo,Juliana Calábria depor2020-12-14T00:00:00Zoai:scielo:S1413-41522020000600847Revistahttp://www.scielo.br/esaONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||esa@abes-dn.org.br1809-44571413-4152opendoar:2020-12-14T00:00Engenharia Sanitaria e Ambiental - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico |
title |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico |
spellingShingle |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico Machado,Elayne Cristina ampicilina cloranfenicol bactérias cultiváveis resistência a antibiótico estação de tratamento de esgoto |
title_short |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico |
title_full |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico |
title_fullStr |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico |
title_full_unstemmed |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico |
title_sort |
Detecção e quantificação de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol em estações de tratamento de esgoto doméstico |
author |
Machado,Elayne Cristina |
author_facet |
Machado,Elayne Cristina Leal,Cíntia Dutra Coelho,Bruna Lopes Chernicharo,Carlos Augusto de Lemos Araújo,Juliana Calábria de |
author_role |
author |
author2 |
Leal,Cíntia Dutra Coelho,Bruna Lopes Chernicharo,Carlos Augusto de Lemos Araújo,Juliana Calábria de |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Machado,Elayne Cristina Leal,Cíntia Dutra Coelho,Bruna Lopes Chernicharo,Carlos Augusto de Lemos Araújo,Juliana Calábria de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ampicilina cloranfenicol bactérias cultiváveis resistência a antibiótico estação de tratamento de esgoto |
topic |
ampicilina cloranfenicol bactérias cultiváveis resistência a antibiótico estação de tratamento de esgoto |
description |
RESUMO Estações de tratamento de esgotos (ETEs) estão entre as principais fontes de disseminação de bactérias resistentes a antibióticos (BRAs) e genes de resistência (GRAs) no ambiente. Este trabalho quantificou a ocorrência de bactérias resistentes aos antibióticos ampicilina e cloranfenicol no esgoto bruto (EB), no efluente tratado (ET) e no lodo de duas ETEs em escala plena por um período de nove meses. As unidades investigadas utilizavam os seguintes sistemas de tratamento: ETE-A, sistema de lodos ativados convencional; e a ETE-B, reatores anaeróbios (UASB) seguidos de filtros biológicos percoladores (FBP). Os resultados evidenciaram que a ETE-A foi mais eficiente na redução das concentrações de bactérias resistentes à ampicilina e ao cloranfenicol (cerca de 1,1 e 0,7 log10UFC.mL−1 de remoção, respectivamente), quando comparada com a ETE-B (0,5log10 UFC.mL−1 de remoção para as bactérias resistentes ao cloranfenicol e nenhuma remoção para as resistentes à ampicilina). As amostras de lodo, de ambas ETEs, apresentaram elevadas concentrações de bactérias heterotróficas totais — BHTs (4,8–7,6 log10UFC.mL−1) e de BRAs (3,0–6,3 log10UFC.mL−1). A maioria das cepas resistentes à ampicilina e ao cloranfenicol isoladas foi identificada como sendo da família Enterobacteriaceae. Algumas das espécies identificadas são bactérias potencialmente patogênicas, tais como: Klebsiella pneumoniae, Aeromonas hydrophila, Escherichia coli, Enterococcus faecium, Salmonella spp. Os resultados chamam a atenção para a disseminação de BRAs, potencialmente patogênicas, no meio ambiente a partir do efluente final (proveniente do tratamento secundário) das ETEs, independentemente do tipo de sistema adotado. Fica evidente que para reduzir significativamente a concentração das BRAs no ET, este deveria passar por tratamento adicional e desinfecção. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522020000600847 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522020000600847 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/s1413-4152202020180001 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES |
dc.source.none.fl_str_mv |
Engenharia Sanitaria e Ambiental v.25 n.6 2020 reponame:Engenharia Sanitaria e Ambiental instname:Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) instacron:ABES |
instname_str |
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) |
instacron_str |
ABES |
institution |
ABES |
reponame_str |
Engenharia Sanitaria e Ambiental |
collection |
Engenharia Sanitaria e Ambiental |
repository.name.fl_str_mv |
Engenharia Sanitaria e Ambiental - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) |
repository.mail.fl_str_mv |
||esa@abes-dn.org.br |
_version_ |
1754213196654182400 |