Caracterização da exposição humana a lodo de esgoto sanitário na cadeia: tratamento, uso agrícola e consumo de hortaliças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Juliana Ferreira de
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Fuji,Keila, Bevilacqua,Paula Dias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Engenharia Sanitaria e Ambiental
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522021000200221
Resumo: RESUMO Objetivou-se caracterizar a exposição humana à infecção por bactérias e vírus via ingestão, considerando os cenários: tratamento do lodo (cenário 1); uso do lodo como adubo agrícola (cenário 2) e consumo de hortaliças adubadas com lodo (cenário 3). A exposição foi caracterizada pelas concentrações de Escherichia coli, vírus entéricos cultiváveis (VEC) e colifagos somáticos (CS) nas amostras: lodo de esgoto em tratamento (LET), água de lavagem das mãos (ALM) no tratamento e no plantio, mistura solo + lodo (MSL) e hortaliças alface e cenoura. No cenário 1, em torno de 50-60 dias, as amostras LET apresentaram umidade < 10% e padrão classe A. Nas amostras LET, concentrações de CS variaram entre 9,1 × 102 e 1,9 × 105 UFP.g-1 ST e de VEC entre 2,42 e 7,15 UFP.g-1 ST. No cenário 2, CS foram detectados em 72% das amostras MSL com concentrações entre 10 e 330 UFP.mL-1. Concentrações de E. coli ≤ 102 NMP.100 mL-1 foram detectadas nas amostras ALM-tratamento (63,7%). Para vírus, todas as ALM-tratamento foram negativas e 17,4% das ALM-plantio apresentaram VEC entre 3 e 409,2 UFP.mL-1. Todas as amostras de alface foram negativas para CS e VEC. Considerando-se as características dos cenários avaliados, trabalhadores do serviço de saneamento, trabalhadores rurais e consumidores de hortaliças estiveram expostos a baixas concentrações de E. coli e VEC. CS foram resistentes ao tratamento térmico e ao plantio, o que sugere seu potencial como indicadores de VEC.
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