Flow variability in the Araguaia River Hydrographic Basin influenced by precipitation in extreme years and deforestation

• Autor(a) principal: Gomes, Dênis José Cardoso
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Nascimento, Max Miler Menezes, Pereira, Fabianne Mesquita, Dias, Gustavo Francesco de Morais, Meireles, Rafael Ribeiro, Souza, Luis Gelisson Nascimento de, Picanço, Ailson Renan Santos, Ribeiro, Hebe Morganne Campos
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: eng
• Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Online)
• Texto Completo: https://www.rbciamb.com.br/Publicacoes_RBCIAMB/article/view/1358
• topic: interações oceano-atmosfera; variabilidade hidroclimática; uso e cobertura do solo.; ocean-atmosphere interactions; hydroclimatic variability; land use and cover.

Os extremos climáticos e a dinâmica de uso e cobertura do solo podem acarretar alterações na vazão dos rios. O objetivo deste trabalho foi analisar a vazão do rio Araguaia sob os efeitos de anos extremos associada à dinâmica do uso do solo na bacia hidrográfica do rio Araguaia no período de 1981 a 2019. O produto do uso e cobertura do solo foi baseado na classificação do Projeto MapBiomas, importado da plataforma Google Earth Engine. Os dados de precipitação e vazão medidas foram obtidos da Agência Nacional de Águas, enquanto a precipitação estimada se baseou nos dados Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Station data. A climatologia da precipitação apresentou os menores valores (1.464,9–1.720,4 mm) no setor centro-sul, e os maiores (1.720,4–2.014,6 mm) montantes pluviais foram vistos ao norte. Contudo, identificou-se nos cinco postos pluviométricos alta variabilidade de precipitação, com destaque para os anos extremos. Tais anos chuvosos e secos foram marcados por grande diferença na disponibilidade hídrica. Houve intensa redução dos biomas amazônico e cerrado em 31.641,8 e 42.618,9 km², respectivamente, principalmente em decorrência da expansão de 18.936,1 km² das atividades de agricultura e 47.494 km² de pasto. A variabilidade fluviométrica apresentou tendência de diminuição, principalmente nos últimos 15 anos. Ações públicas como intensificação de políticas ambientais, monitoramento com enfoque nas áreas mais comprometidas e estratégicas, como a cabeceira do rio Araguaia, podem minimizar os impactos causados por extremos climáticos e desmatamento.