Avaliação de coberturas mortas em cultura de alface sob manejo orgânico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Fabio F de
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Guerra,José Guilherme M, Almeida,Dejair L de, Ribeiro,Raul de LD, Espindola,José Antonio A, Ricci,Marta dos SF, Ceddia,Marcos B
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Horticultura Brasileira
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362008000200017
Resumo: A cobertura morta do solo com leguminosas e gramíneas é uma prática cultural que traz benefícios aos sistemas de produção. Foi conduzido um experimento no município de Seropédica, estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes tipos de cobertura morta sobre a reinfestação de ervas espontâneas e sobre o desempenho agronômico de alface, em cultivo orgânico. O delineamento experimental adotado foi blocos casualizados com quatro repetições e parcelas de oito plantas na área útil. Os tratamentos foram: bagaço de cana-de-açúcar (Saccharum sp.), bambu (Bambuza sp.), capim Cameroon (Penisetum purpureum), crotalária (Crotalaria juncea), eritrina (Erythrina poeppigiana), gliricídia (Gliricidia sepium), guandu (Cajanus cajan), mucuna cinza (Mucuna pruriens) e controle (sem cobertura dos canteiros). Estimou-se a decomposição in situ e a liberação de nitrogênio de cada cobertura morta. Foram avaliados dois ciclos consecutivos de alface, cultivar Regina, na mesma área, visando a comparar o efeito residual das coberturas mortas. Observou-se maior acúmulo de N nos resíduos vegetais das leguminosas (máximo de 1.010 kg ha-1 com mucuna-cinza). Em relação à decomposição da cobertura morta, avaliada na colheita do primeiro ciclo de alface (35 dias após o transplante), as leguminosas apresentaram percentuais inferiores aos das gramíneas de massa seca e N remanescentes. A reinfestação dos canteiros pelas ervas espontâneas não diferiu significativamente entre coberturas mortas, variando entre 31 e 58 plantas m-2, mas a redução da densidade populacional da vegetação reinfestante chegou a 83% em comparação ao tratamento controle. Em ambos os ciclos de cultivo da alface, a massa fresca (de 315,8 a 366,0 e de 202,9 a 225,0 g planta-1, respectivamente nos primeiro e segundo ciclos), o diâmetro da cabeça (de 30,8 a 31,7 e de 25,5 a 28,5 cm) e o teor de N (de 32,3 a 38,8 e de 28,0 a 30,3 g kg-1) foram superiores quando leguminosas foram utilizadas como cobertura morta.
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