Desenvolvimento vegetativo da pupunheira irrigada por gotejamento em função de níveis de depleção de água no solo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos,Adriana
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Bovi,Marilene L. A, Folegatti,Marcos Vinícius
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Horticultura Brasileira
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362002000100005
Resumo: Avaliou-se o efeito da irrigação complementar por gotejamento no desenvolvimento vegetativo de pupunheiras (Bactris gasipaes Kunth) com três anos de idade. Durante 94 dias (agosto a novembro/97) foram estabelecidos quatro níveis de irrigação, baseados nas porcentagens de 25% (T1), 50% (T2), 75% (T3) de água disponível consumida em função da evapotranspiração de referência, medida em um par de lisímetros de lençol freático constante, e a testemunha (T4), sem irrigação, com turnos de rega de 2, 4 e 6 dias respectivamente. O delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas, com quatro tratamentos, oito repetições e dezesseis plantas úteis por parcela. A resposta das plantas aos diferentes tratamentos foi avaliada por meio da taxa absoluta de crescimento das características diâmetro do estipe na região do colo, altura da planta, comprimento de ráquis, número de perfilhos, número de folhas e emissão de folhas novas. As avaliações tiveram início quatro dias antes da imposição dos tratamentos e foram repetidas aos 34; 68; 83; 98; 133 e 168 dias. Houve diferenças entre os tratamentos para número de folhas emitidas, diâmetro e altura da planta. O tratamento 1 (25% ) foi superior aos demais para número de folhas emitidas (p<0,01), enquanto para as características altura e diâmetro, o mesmo só diferiu significativamente da testemunha (p<0,05). Já os tratamentos 2 (50%) e 3 (75%) não diferiram estatisticamente entre si. Não houve diferenças entre tratamentos para comprimento da ráquis foliar, número de perfilhos e de folhas. Ocorreram diferenças significativas entre os períodos de avaliação, sendo que para todas as características mensuradas os maiores acréscimos foram obtidos a partir dos 68 dias após o início das avaliações. Comparando os tratamentos irrigados, especialmente durante os períodos de déficit hídrico, observou-se que melhor desenvolvimento, principalmente em diâmetro e número de folhas novas, foi obtido no menor turno de rega (T1: 2 dias). Essa informação é de valor fundamental no cultivo da pupunheira para palmito, pois o rendimento em palmito por planta (produção) está direta e positivamente correlacionado com o diâmetro da planta e o número de folhas. Uma vez que a seca é um dos principais fatores climáticos limitantes ao cultivo da pupunheira (Bactris gasipaes Kunth), especialmente quando o objetivo principal é a produção de palmito, a irrigação complementar realizada veio suprir essa deficiência, nos meses com déficit hídrico.
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