Mieloma múltiplo: verificação do conhecimento da doença em médicos que atuam na atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Roberta O. de Paula e
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Faria,Rosa M. D. de, Côrtes,Maria da Conceição J. W., Clementino,Nelma C. D., Faria,José R. de, Moraes,Thales E. C., Borges,João L. F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842008000600004
Resumo: O mieloma múltiplo (MM) apresenta-se clinicamente com sintomas inespecíficos que podem não ser identificados associados, dificultando e retardando o diagnóstico. A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada à rede de assistência à saúde no Brasil, por isso é importante o médico desse serviço reconhecer as características clínicas e laboratoriais do MM para conduzir adequadamente o paciente. Nosso objetivo foi verificar o conhecimento clínico e laboratorial sobre MM em médicos da APS. Foi realizado inquérito epidemiológico utilizando-se teste de múltipla escolha, aplicado em médicos das 137 Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte (MG), entre outubro e dezembro de 2006. Doenças crônicas e neoplásicas em idosos foram reconhecidas como causas de anemia normocrômica e normocítica por 127 (94,1%) médicos; lesões osteolíticas ao Raio-X não foram associadas ao MM por 83 (61,5%); quadro clínico de hipercalcemia não foi clinicamente suspeitado pela maioria, 82 (60,7%); a eletroforese de proteínas foi incorretamente interpretada por 96 (71,1%) médicos e apenas 49 (36,3%) pensaram em MM diante de caso clínico característico. O tempo de graduação e de trabalho do médico na APS, assim como a existência de especialização médica, não influenciaram os resultados. Os sinais, sintomas e achados laboratoriais do MM não foram identificados por grande parte da população estudada, sendo um indicador da necessidade de maior interação entre os níveis de atenção secundária e primária, o que proporcionará educação compartilhada e continuada entre os profissionais dos diferentes níveis de atenção à saúde e maior eficiência no cuidado do paciente.
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