Incidência pós-transfusional do HBsAg em crianças com doenças neoplásicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842009000200008 |
Resumo: | Há 350 milhões de indivíduos cronicamente infectados pelo vírus da hepatite B (VHB). O desenvolvimento e a gravidade dessa infecção dependem de vários fatores, tais como a idade da primoinfecção e resposta imune, sendo o risco dessa cronificação menor que 5% em adultos e maior que 90% em neonatos. Indivíduo cronicamente infectado pelo VHB durante a infância tem 25% de chance de morrer por cirrose ou hepatocarcinoma. Tais evidências conduziram os autores a desenvolver este estudo cujo objetivo foi estimar a incidência pós-transfusional do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) em crianças com neoplasias, que foram transfundidas no curso do tratamento ou seguimento da doença. Foi realizado um estudo retrospectivo, com revisão de 333 prontuários do serviço de oncologia do HIVS, de janeiro de 1993 a janeiro de 2005. Adotaram-se como critérios de inclusão: idade menor que 16 anos, diagnóstico de doença neoplásica e realização da pesquisa do HBsAg. Assim, 199 prontuários foram excluídos por não preencherem tais critérios, restando 134 que foram analisados quanto à realização de hemotransfusão. Das 134 crianças, 116 foram transfundidas e 18 não. Apresentaram pesquisa reativa para o HBsAg 32,8% das transfundidas e apenas 5,6% das não-transfundidas. O teste Exato de Fisher mostrou que houve significância estatística (p = 0,023) e observou-se que as proporções de pacientes com pesquisa reativa diferem entre os transfundidos e os não-transfundidos. O odds ratio de um paciente transfundido apresentar pesquisa reativa para o HBsAg foi calculado em 8,28 vezes maior do que um não-transfundido. |
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