Epilepsia e doença de chagas cronica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1981 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1981000100004 |
Resumo: | A síndrome epiléptica em chagásicos crônicos, foi referida raramente na literatura especializazda, não tendo sido feito até o momento, um estudo detalhado das suas manifestações. Partindo-se da premissa de que a moléstia de Chagas tem por substrato anatômico uma destruição neuronal, procurou-se comparar dois grupos de epilépticos, um dos quais com moléstia de Chagas crônica. Foram estudados 167 pacientes epilépticos, dos quais 44 eram comprovadamente chagásicos. O estudo permitiu coletar dados referentes à procedência dos pacientes, resultado soro-lógico, sexo, idade, época de incidência das manifestações epilépticas, elementos dos exames neurológicos, do líquido cefalorraqueano, eletrencefalográfico e os resultados da terapêutica anticonvulsivante. Como resultados principais destacamos o início tardio da epilepsia nos chagásicos, e o predomínio acentuado das crises parciais com sintomatologia elementar de tipo autonômico. O exame neurológico e o do líquido cefalorraqueano, apesar de apresentarem percentualmente nos seus resultados, taxas moderadamente mais elevadas na incidência de alterações, não caracterizaram síndromes neurológicas bem definidas. O exame eletrencefalográfico, revelou alterações sugestivas de comprometimento orgânico cerebral difuso. A terapêutica anticonvulsivante, baseada na utilização de hidantoinatos, barbitúricos, primidona e benzodiazepínicos, mostrou que o controle das crises foi mais difícil nos chagásicos, exigindo maiores quantidades de medicação, com resultados menos satisfatórios. |
id |
ABNEURO-1_0748ec086846b7a3468f3bf0ecb55645 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-282X1981000100004 |
network_acronym_str |
ABNEURO-1 |
network_name_str |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Epilepsia e doença de chagas cronicaA síndrome epiléptica em chagásicos crônicos, foi referida raramente na literatura especializazda, não tendo sido feito até o momento, um estudo detalhado das suas manifestações. Partindo-se da premissa de que a moléstia de Chagas tem por substrato anatômico uma destruição neuronal, procurou-se comparar dois grupos de epilépticos, um dos quais com moléstia de Chagas crônica. Foram estudados 167 pacientes epilépticos, dos quais 44 eram comprovadamente chagásicos. O estudo permitiu coletar dados referentes à procedência dos pacientes, resultado soro-lógico, sexo, idade, época de incidência das manifestações epilépticas, elementos dos exames neurológicos, do líquido cefalorraqueano, eletrencefalográfico e os resultados da terapêutica anticonvulsivante. Como resultados principais destacamos o início tardio da epilepsia nos chagásicos, e o predomínio acentuado das crises parciais com sintomatologia elementar de tipo autonômico. O exame neurológico e o do líquido cefalorraqueano, apesar de apresentarem percentualmente nos seus resultados, taxas moderadamente mais elevadas na incidência de alterações, não caracterizaram síndromes neurológicas bem definidas. O exame eletrencefalográfico, revelou alterações sugestivas de comprometimento orgânico cerebral difuso. A terapêutica anticonvulsivante, baseada na utilização de hidantoinatos, barbitúricos, primidona e benzodiazepínicos, mostrou que o controle das crises foi mais difícil nos chagásicos, exigindo maiores quantidades de medicação, com resultados menos satisfatórios.Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO1981-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1981000100004Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.39 n.1 1981reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)instname:Academia Brasileira de Neurologiainstacron:ABNEURO10.1590/S0004-282X1981000100004info:eu-repo/semantics/openAccessJardim,EdymarTakayanagui,Osvaldo M.por2012-08-20T00:00:00Zoai:scielo:S0004-282X1981000100004Revistahttp://www.scielo.br/anphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.arquivos@abneuro.org1678-42270004-282Xopendoar:2012-08-20T00:00Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Epilepsia e doença de chagas cronica |
title |
Epilepsia e doença de chagas cronica |
spellingShingle |
Epilepsia e doença de chagas cronica Jardim,Edymar |
title_short |
Epilepsia e doença de chagas cronica |
title_full |
Epilepsia e doença de chagas cronica |
title_fullStr |
Epilepsia e doença de chagas cronica |
title_full_unstemmed |
Epilepsia e doença de chagas cronica |
title_sort |
Epilepsia e doença de chagas cronica |
author |
Jardim,Edymar |
author_facet |
Jardim,Edymar Takayanagui,Osvaldo M. |
author_role |
author |
author2 |
Takayanagui,Osvaldo M. |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Jardim,Edymar Takayanagui,Osvaldo M. |
description |
A síndrome epiléptica em chagásicos crônicos, foi referida raramente na literatura especializazda, não tendo sido feito até o momento, um estudo detalhado das suas manifestações. Partindo-se da premissa de que a moléstia de Chagas tem por substrato anatômico uma destruição neuronal, procurou-se comparar dois grupos de epilépticos, um dos quais com moléstia de Chagas crônica. Foram estudados 167 pacientes epilépticos, dos quais 44 eram comprovadamente chagásicos. O estudo permitiu coletar dados referentes à procedência dos pacientes, resultado soro-lógico, sexo, idade, época de incidência das manifestações epilépticas, elementos dos exames neurológicos, do líquido cefalorraqueano, eletrencefalográfico e os resultados da terapêutica anticonvulsivante. Como resultados principais destacamos o início tardio da epilepsia nos chagásicos, e o predomínio acentuado das crises parciais com sintomatologia elementar de tipo autonômico. O exame neurológico e o do líquido cefalorraqueano, apesar de apresentarem percentualmente nos seus resultados, taxas moderadamente mais elevadas na incidência de alterações, não caracterizaram síndromes neurológicas bem definidas. O exame eletrencefalográfico, revelou alterações sugestivas de comprometimento orgânico cerebral difuso. A terapêutica anticonvulsivante, baseada na utilização de hidantoinatos, barbitúricos, primidona e benzodiazepínicos, mostrou que o controle das crises foi mais difícil nos chagásicos, exigindo maiores quantidades de medicação, com resultados menos satisfatórios. |
publishDate |
1981 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1981-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1981000100004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1981000100004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-282X1981000100004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.39 n.1 1981 reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) instname:Academia Brasileira de Neurologia instacron:ABNEURO |
instname_str |
Academia Brasileira de Neurologia |
instacron_str |
ABNEURO |
institution |
ABNEURO |
reponame_str |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
collection |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologia |
repository.mail.fl_str_mv |
||revista.arquivos@abneuro.org |
_version_ |
1754212745090170880 |