Caracterização clínica e imunoistoquímica dos adenomas clinicamente não-funcionantes de hipófise: clinical features and immunohistochemistry
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Data de Publicação: | 2005 |
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Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2005000600029 |
Resumo: | Adenomas clinicamente não-funcionantes de hipófise, não produzem clínica de hipersecreção hormonal. Por esse motivo, seus sinais e sintomas dependem de seu efeito de massa no sistema nervoso central. A sua etiopatogenia é complexa com vários fatores provavelmente influenciando seu desenvolvimento como os hormônios hipotalâmicos (GHRH), fatores de crescimento (FGF), fatores de proliferação (PCNA, e KI-67), proteína P53 e proto-oncogene c-erb-B2. OBJETIVOS: 1) Determinar as características clínicas da população de 117 pacientes tratados com adenoma clinicamente não-funcionante de hipófise (idade, sexo, tamanho do tumor, número de procedimento cirúrgico, desenvolvimento de deficiência hormonal e hiperprolactinemia). 2) Identificar, após a caracterização clínica desses pacientes, aqueles com adenoma clinicamente não-funcionante que apresentam imunoistoquímica positiva para os hormônios hipofisários PRL LH, FSH, GH, TSH e ACTH. 3) Precisar nessa população a positividade imunoistoquímica para o fator de proliferação celular Ki-67, para a proteína P53 e para a proteína C-erb-B2 correlacionando a sua positividade com o tamanho e invasão tumoral. Dessa forma avaliando o valor prognóstico desses fatores de proliferação. 4) Confrontar os resultados da imunoistoquímica realizada através do bloco padrão com os resultados da imunoistoquímica obtidos através do tissue micro-array. MÉTODO: Estudo das características clínicas de 117 pacientes com adenoma clinicamente não-funcionate de hipófise (idade, sexo, tamanho do tumor, número de procedimento cirúrgico, desenvolvimento de deficiência hormonal e hiperprolactinemia). Estudo imunoistoquímico (H&E) de 39 pacientes para hormônios hipofisários, para a proteína P53, proteína C-erb-B2, Ki-67 e sua correlação com crescimento tumoral. A seguir, também foi realizado o tissue micro-array dos 39 casos, estudados anteriormente, com imunoistoquímica para os hormônios hipofisários, para a proteína P 53, proteína C-erb-B2, Ki-67 e sua correlação com o crescimento tumoral. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante entre os sexos masculino e feminino com relação à idade, tamanho tumoral e número de procedimentos cirúrgicos (p=0,279, p=0,813, p=0,139 respectivamente). Existe uma correlação estatisticamente significativa entre tamanho do tumor, número de procedimentos cirúrgicos realizados e deficiência hormonal (p=0,032, p=0,0223 respectivamente). Não houve correlação estatisticamente significativa entre imunoístoquímica positiva para proteína P53, para a proteína C-erb-B2, Ki-67 e o tamanho do tumor (r=0,182, p=0,396; r=-0,181, p=0,397; r=0,272, p=0,199, respectivamente) .O tissue micro-array também não demonstrou uma correlação entre a imunoistoquímica positiva para Ki-67 e C-erb-B2 e o tamanho do tumor, porém mostrou uma correlação negativa estatisticamente significativa entre a positividade imunoistoquímica para p53 e o tamanho do tumor (r=-0,696;p<0,001). CONCLUSÃO: O adenoma clinicamente não-funcionante possui comportamento biológico semelhante em ambos os sexos. Quanto maior o tamanho do tumor maior o número de procedimentos cirúrgicos necessários e a ocorrência de deficiência hormonal. Esse trabalho sugere que a positividade imunoistoquímica para p53 correlaciona negativamente com o tamanho do tumor, demonstrando ter valor prognóstico. Já a imunoistoquímica positiva para o Ki-67 a proteína C-erb-B2 não parece ser um fator prognóstico nos adenomas de hipófise clinicamente não-funcionantes, como são em outros tipos de neoplasias. |
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Caracterização clínica e imunoistoquímica dos adenomas clinicamente não-funcionantes de hipófise: clinical features and immunohistochemistryadenoma não-funcionantehipófisefatores de proliferaçãoP53Ki-67c-erb-B2Adenomas clinicamente não-funcionantes de hipófise, não produzem clínica de hipersecreção hormonal. Por esse motivo, seus sinais e sintomas dependem de seu efeito de massa no sistema nervoso central. A sua etiopatogenia é complexa com vários fatores provavelmente influenciando seu desenvolvimento como os hormônios hipotalâmicos (GHRH), fatores de crescimento (FGF), fatores de proliferação (PCNA, e KI-67), proteína P53 e proto-oncogene c-erb-B2. OBJETIVOS: 1) Determinar as características clínicas da população de 117 pacientes tratados com adenoma clinicamente não-funcionante de hipófise (idade, sexo, tamanho do tumor, número de procedimento cirúrgico, desenvolvimento de deficiência hormonal e hiperprolactinemia). 2) Identificar, após a caracterização clínica desses pacientes, aqueles com adenoma clinicamente não-funcionante que apresentam imunoistoquímica positiva para os hormônios hipofisários PRL LH, FSH, GH, TSH e ACTH. 3) Precisar nessa população a positividade imunoistoquímica para o fator de proliferação celular Ki-67, para a proteína P53 e para a proteína C-erb-B2 correlacionando a sua positividade com o tamanho e invasão tumoral. Dessa forma avaliando o valor prognóstico desses fatores de proliferação. 4) Confrontar os resultados da imunoistoquímica realizada através do bloco padrão com os resultados da imunoistoquímica obtidos através do tissue micro-array. MÉTODO: Estudo das características clínicas de 117 pacientes com adenoma clinicamente não-funcionate de hipófise (idade, sexo, tamanho do tumor, número de procedimento cirúrgico, desenvolvimento de deficiência hormonal e hiperprolactinemia). Estudo imunoistoquímico (H&E) de 39 pacientes para hormônios hipofisários, para a proteína P53, proteína C-erb-B2, Ki-67 e sua correlação com crescimento tumoral. A seguir, também foi realizado o tissue micro-array dos 39 casos, estudados anteriormente, com imunoistoquímica para os hormônios hipofisários, para a proteína P 53, proteína C-erb-B2, Ki-67 e sua correlação com o crescimento tumoral. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante entre os sexos masculino e feminino com relação à idade, tamanho tumoral e número de procedimentos cirúrgicos (p=0,279, p=0,813, p=0,139 respectivamente). Existe uma correlação estatisticamente significativa entre tamanho do tumor, número de procedimentos cirúrgicos realizados e deficiência hormonal (p=0,032, p=0,0223 respectivamente). Não houve correlação estatisticamente significativa entre imunoístoquímica positiva para proteína P53, para a proteína C-erb-B2, Ki-67 e o tamanho do tumor (r=0,182, p=0,396; r=-0,181, p=0,397; r=0,272, p=0,199, respectivamente) .O tissue micro-array também não demonstrou uma correlação entre a imunoistoquímica positiva para Ki-67 e C-erb-B2 e o tamanho do tumor, porém mostrou uma correlação negativa estatisticamente significativa entre a positividade imunoistoquímica para p53 e o tamanho do tumor (r=-0,696;p<0,001). CONCLUSÃO: O adenoma clinicamente não-funcionante possui comportamento biológico semelhante em ambos os sexos. Quanto maior o tamanho do tumor maior o número de procedimentos cirúrgicos necessários e a ocorrência de deficiência hormonal. Esse trabalho sugere que a positividade imunoistoquímica para p53 correlaciona negativamente com o tamanho do tumor, demonstrando ter valor prognóstico. Já a imunoistoquímica positiva para o Ki-67 a proteína C-erb-B2 não parece ser um fator prognóstico nos adenomas de hipófise clinicamente não-funcionantes, como são em outros tipos de neoplasias.Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO2005-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2005000600029Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.63 n.4 2005reponame:Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)instname:Academia Brasileira de Neurologiainstacron:ABNEURO10.1590/S0004-282X2005000600029info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira,Jane Eyre AlvesMello,Paulo Andrade deMagalhães,Albino Verçosa deBotelho,Carlos Henrique AguiarNaves,Luciana AnsaneliNosé,VaniaSchmitt,Fernandopor2006-01-09T00:00:00Zoai:scielo:S0004-282X2005000600029Revistahttp://www.scielo.br/anphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.arquivos@abneuro.org1678-42270004-282Xopendoar:2006-01-09T00:00Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) - Academia Brasileira de Neurologiafalse |
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