Efeitos tardios na função hipotálamo-hipófise após tratamento de tumores parasselares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Motta,Luiz A. Casulari Roxo da
Data de Publicação: 1991
Outros Autores: Martinelli,Claudio, Motta,Lucília Domingues Casulari da, Abrahão,André L. Andrade, Farage Filho,Miguel, Gagliardi,Antônio R. de Toledo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1991000300011
Resumo: O acompanhamento a longo prazo de pacientes submetidos a tratamento de tumores da região parasselar é importante para detectar complicações tardias da terapêutica. Neste estudo avaliamos 6 pacientes com craniofaringioma, 1 com meningioma, 1 com germinoma e 1 com cisto epidermóíde, localizados na região parasselar. Eles haviam sido tratados, em média, 3,8±3,2 anos antes, por cirurgia e radioterapia (6 casos) ou somente cirurgia (3 casos). Cinco pacientes eram do sexo feminino e a média de idade era de 24,3±18,8 anos. A avaliação consistiu na infusão endovenosa de TRH (200 mg), GnRH (100 mg) e insulina regular (0,1 UI Kg/peso), bem como na dosagem dos hormônios hipofisários antes (0) e após 20, 40, 60 e 80 minutos. Encontramos os seguintes resultados: (a) resposta deficitária do GH e do cortisol era todos pacientes; (b) 7/9 pacientes não tiveram respostas adequadas do FSH e 3/9 do L.H; (c) 4/9 tiveram respostas inadequadas da prolactina e 2/8 do TSH. Concluimos que: (a) o déficit de GH e cortisol são os mais frequentes nestes pacientes; (b) a lesão após radioterapia pode localizar-se tanto no hipotálamo quanto na hipófise ou, ainda, em ambos; (c) a sensibilidade das células hipofisárias e hipotalâmicas à irradiação é diferente de acordo com os hormônios que produzem; (d) é necessário o acompanhamento endocrinológico frequente dos pacientes submetidos a tratamento de tumores parasselares, a fim de detectar déficits hormonais tardios.
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