Desmielinização tóxica do sistema nervoso central: II. Aspectos biológicos das células de Schwann observados durante o processo de reparação do tecido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Graça,Dominguita Lühers
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1989000300002
Resumo: A droga gliotóxica brometo de etídio, Quando injetada localmente na medula espinhal do rato, induziu áreas de desmielinização que se desenvolveram em tempos diferentes de acordo com a dose empregada. Doses altas induziram lesões de desenvolvimento rápido (tipo I) e intermediárias (tipo III), enquanto doses baixas induziram lesões lentas (tipo II). Após o processo desmielinizante, os axônios desprovidos de suas bainhas de mielina foram remielinizados por oligodendrócitos ou células de Schwann (CS) dependendo de sua localização em áreas contendo ou não astrócitos, respectivamente. Na maioria das lesões, a área remielinizada pelas CS era proeminente. Nas lesões que repararam mais lentamente foi possível observar os fatores que influenciaram o comportamento dessas células dentro dos limites do sistema nervoso central. Após a invasão inicial a partir da superfície pial e dos espaços perivasculares, a expansão das CS dependeu da presença de matriz extracelular estável. Nas lesões de tipo I, esta matriz estava presente devido à natureza inflamatória do processo. Nas lesões de tipo II a matriz não ocorreu e as CS só podiam migrar entre os axônios desmie-lizados usando-os tal como uma passadeira. Entre as células contíguas podiam ser observadas fibras colágenas de diâmetro pequeno. Não foi evidenciada migração das CS ao longo dos axônios.
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